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José Eduardo dos Santos defende combate à corrupção, Luaty Beirão diz que deve remeter-se ao silêncio


José Eduardo dos Santos
José Eduardo dos Santos

Carlos Rosado Carvalho diz ser bom que o MPLA comece a falar no combate à corrupção

O presidente do MPLA defendeu que o partido no poder deve liderar o combate à corrupção e o nepotismo em Angola, males susceptíveis de manchar a imagem do Estado e do Governo.

Reacções a discurso de Eduardo dos Santos sbore corrupção - 2:47
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Ao longo da sua locução na abertura do seminário de capacitação sobre a prevenção dos tipos de crimes a que estão sujeitos os titulares de cargos públicos, promovido pelo grupo parlamentar do MPLA, na segunda-feira, 11, José Eduardo dos Santos disse ainda que estão na base desse mal, os "excessos" praticados por agentes públicos e privados, "que detinham de forma ilícita vantagens patrimoniais para si ou terceiros, em prejuízo do bem comum, transgredindo a lei e a norma de comportamento social”.

As declarações de Santos provocaram várias reacções.

Carlos Rosado de Carvalho
Carlos Rosado de Carvalho

Carlos Rosado de Carvalho, economista e professor na Universidade Católica de Angola, que participou no seminário, diz ser bom sinal o facto de o MPLA começar a debater a corrupção no seio do seu governo.

O também director do jornal Expansão lembra "que a tolerança zero de Santos faliu".

No entanto, sublinha que “reconhecer o problema é uma das primeiras formas de o resolver”.

Luaty Beirão
Luaty Beirão

Por seu turno o rapper Luaty Beirão, conhecido pelo seu activismo em prol da liberdade de expressão, democracia e luta anti-corrupção no país, aconselha José Eduardo dos Santos e a sua família a se remeterem ao silêncio e lembra que o projecto tolerância zero de Santos foi um autêntico falhanço.

“Ele foi o responsável por tudo isso, ele devia se calar por causa da autoria moral”, declarou Luaty.

Sobre o nepotismo, José Eduardo dos Santos defendeu que, apesar das várias definições e discussões à volta do assunto, os cidadãos qualificados não deviam deixar de ser nomeados pela razão de parentesco, ao contrário do branqueamento de capital, que considerou "sempre condenável", tendo em conta que está subjacente uma actividade ilícita.

Para o líder do MPLA, o combate a estes males passa pela prevenção e medidas educativas, judiciais e policiais, com vista a desincentivar este tipo de crime e ultrapassar ou minimizar os efeitos nefastos no quotidiano dos cidadãos e no desenvolvimento da sociedade.

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