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Consumo de álcool na origem de aumento de casos de gravidez precoce na Huíla


Actividade sexual começa as 12 anos
Actividade sexual começa as 12 anos

Estudo revela que 21 por cento dos adolescentes em três centros populosos da província consomem álcool

O consumo do álcool está entre os principais factores do número alto de casos de gravidez na adolescência na província da Huíla, segundo os resultados finais de uma pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade Mandume Ya Ndemufayo, publicada no Lubango.

A pesquisa realizada nos meses de Abril e Maio, no âmbito do projecto Gravidez Zero nas Escolas, com a parceria do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP), incidiu sobre adolescentes dos municípios de Quipungo, Matala e Lubango, estes dois últimos os principais aglomerados populacionais da província.

No período em causa, engravidaram 1.034 adolescentes, o que provocou uma forte reacção do vice-decano da Faculdade de Medicina da Universidade Mandume Ya Ndemufayo.

“Um dado desagradável, um resultado desagradável: 21 por cento dos nossos adolescentes consomem álcool e no trimestre prévio à recolha de dados apenas 18 por cento das meninas não bebeu e o álcool teve um impacto muito negativo sobre aquilo que são os resultados dessa pesquisa”, disse Gilberto Wapota.

O estudo revelou ainda que naqueles municípios há uma tendência crescente da experiência sexual dos adolescentes a partir dos 12 anos de idade, cerca de 32 por cento, enquanto o grupo de indivíduos que consomem álcool teve 64 por cento de representatividade na prática sexual.

A pesquisa conclui ainda que a resposta da família e da escola ainda é incipiente para travar o fenómeno da gravidez na adolescência e recomenda o Ministério da Educação elaborar estratégias com outros segmentos da sociedade para enfrentar o problema.

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