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Zika não é mais emergência de saúde internacional, declara OMS


Jackeline, 26 anos, e seu bebé nascido com micocefalia, em Olinda, Recife, Brasil, 2016.
Jackeline, 26 anos, e seu bebé nascido com micocefalia, em Olinda, Recife, Brasil, 2016.

Mas as pessoas expostas ao vírus Zika devem continuar a adoptar medidas preventivas por seis meses para evitar a transmissão por via sexual.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta sexta-feira que o vírus Zika e complicações neurológicas associadas não constituem mais uma emergência de saúde internacional, escreve a Reuters.

Mas Comité de Emergência da OMS, que havia declarado o vírus uma emergência internacional de saúde pública em fevereiro, disse que o mesmo ainda representa "um problema altamente significativo e de longo prazo".

"O vírus Zika e consequências associadas continuam sendo um desafio duradouro de saúde pública, exigindo acção intensa, mas não representa mais" uma emergência internacional, disse o painel da OMS composto por especialistas independentes num comunicado após a reunião.

Transmitido por mosquitos, o vírus Zika pode causar microcefalia e outros distúrbios neurológicos em bebés e adultos. Propagou-se para mais de 60 países desde que o surto actual foi identificado, em 2015, no Brasil.

Segundo reportagem da Reuters, o "comité concordou que o Zika deve ser administrado agora dentro da OMS como outras doenças infecciosas significativas e outras ameaças".

"Não estamos diminuindo a importância do Zika ao colocar isso como um programa de trabalho mais longo, estamos enviando a mensagem de que o Zika está aqui para ficar", disse o Dr. Peter Salama, director-executivo do Programa de Emergências de Saúde da OMS.

Margaret Chan, directora geral da OMS, aceitou as recomendações e declarou o fim da emergência.

A OMS mantem as recomendações, incluindo a de que as pessoas expostas ao vírus Zika devem adoptar medidas preventivas por seis meses para evitar a transmissão por via sexual.

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