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Seis meses de abstinência sexual para quem esteve em áreas com Zika, recomenda a OMS


A relação entre Zika e microcefalia foi descoberta no Brasil e desde então foram confirmados mais de 1.800 casos de microcefalia no país.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse, esta semana, que homens e mulheres que voltarem de áreas onde há transmissão activa do vírus Zika devem praticar sexo seguro ou manter uma abstinência por seis meses, independentemente se estão tentando engravidar ou não e se exibem ou não sintomas.

A Reuters escreve que a orientação é uma mudança em relação ao que havia sido recomendado provisoriamente a 7 de junho, que fazia referência apenas a homens e que estabelecia um período menor, de pelo menos oito semanas.

A OMS informou que as novas orientações têm como base novas evidências de transmissão do Zika de homens assintomáticos para parceiras mulheres e de uma mulher sintomática para seu parceiro homem, assim como evidências que o Zika permanece no sêmen por mais tempo do que se imaginava.

Infecções do Zika em mulheres grávidas podem causar microcefalia, uma má-formação congênita que resulta em cabeças menores que o normal em bebés, assim como outras anormalidades cerebrais.

A relação entre Zika e microcefalia foi descoberta no Brasil e desde então foram confirmados mais de 1.800 casos de microcefalia no país.

Em adultos, infecções do Zika também foram ligadas a uma rara síndrome neurológica conhecida como Guillain-Barré, assim como outras desordens neurológicas.

Transmissões sexuais do Zika foram relatadas em 11 países até 26 de agosto, principalmente por penetração vaginal. Houve um caso documentado de um homem que foi infectado pelo vírus por sexo anal em fevereiro de 2016 e suspeitas de transmissão por sexo oral em abril.

Evidências da persistência do vírus no sêmen e impacto em transmissão sexual continua limitado e as orientações serão atualizadas quando houver mais informações, informou a OMS.

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