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João Maria de Sousa reitera acusações contra Rafael Marques


Joao Maria de Sousa ex Procurador-Geral da Republica de Angola
Joao Maria de Sousa ex Procurador-Geral da Republica de Angola

Advogado do jornalista reitera graves irregularidades no negócio de aquisição de terreno do antigo PGR de Angola

O antigo Procurador-Geral da República (PGR) de Angola, João Maria de Sousa, reafirmou na segunda-feira, 21, no Tribunal Provincial de Luanda as acusações contra os jornalistas Rafael Marques e Mariano Brás, num processo que decorre naquela instância.

Antigo Procurador depõe contra Rafael marques - 1:17
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João Maria de Sousa, que anteriormente tinha condicionado a sua presença em tribunal à transferência da sessão para a sede da Procuradoria Geral da República, decidiu ir ao Palácio Dona Joaquina, onde reafirmou que foi vítima de “calúnia e de difamação”, facto que colocou em causa o seu bom nome.

A pedido da defesa dos jornalsitas, o antigo PGR angolano foi ouvido durante cerca de cinco horas, mesmo depois de a juíza, Josina Ferreira Falcão, ter prescindido da sua presença.

A denúncia sobre alegados actos de corrupção, atribuídos ao agora magistrado jubilado, remontam ao ano de 2016, quando o jornalista Rafael Marques divulgou no seu portal de investigação Maka Angola que João Maria de Sousa estava envolvido num negócio alegadamente ilícito de aquisição de um terreno de três hectares, em Porto Amboim, na província angolana do Kwanza Sul, para a construção de condomínio residencial.

O general João Maria de Sousa reiterou que enquanto cidadão tem o direito de requerer a compra de um terreno o que, no seu entender, não deve ser interpretado como corrupção.

Em declarações à VOA, Salvador Freire, um dos advogados de Rafael Marques, disse “não haver matéria para condenar os acusados”.

O causídico defendeu que o processo de aquisição do terreno por parte do antigo PGR “esteve eivado de graves irregularidades que configuram tráfico de influência e corrupção”.

O julgamento será retomado no dia 15 de Junho para as alegações finais e posterior leitura da sentença, segundo Salvador Freire.

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