O Instituto de Patrocínio e Assistência Jurídica (IPAJ) de Moçambique diz estar preocupado com o aumento do número de jovens nas cadeias, alguns dos quais com menos de 18 anos de idade, o que, na óptica da Liga Moçambicana dos Direitos Humanos, resulta da falta de emprego para a juventude.
O director-geral do IPAJ, Justino Tonela, visitou algumas províncias moçambicanas e disse ter constatado que a população prisional com menos de 18 anos de idade tende a aumentar, sendo necessário inverter o cenário.
"É preciso corrigir esta situação", disse Tondela.
A Presidente da Liga dos Direitos Humanos, Alice Mabota, considera que a solução passa por criar mais postos de emprego "porque as pessoas são forçadas a viver de maneira fraudulenta, porque não há trabalho".
Por seu lado, o presidente do Parlamento Juvenil, Salomão Muchanga, diz que a juventude clama por políticas públicas "favoráveis que permitam a criação de mais empregos porque esta questão é muito importante para os jovens".
O ministro moçambicano da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Isac Chande, diz que dos 17.629 reclusos registados, 10.853 são jovens de idades compreendidas entre 16 e 21 anos