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Auditoria ao Fundo Soberano de Angola tem que ser independente, diz economista


Doolaarii Ameerikaa fi Yuroo
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João Lourenço ordenou auditoria "limitada e por convite"

Um conhecido economista angolano avisou que qualquer auditoria ao Fundo Soberano de Angola só terá credibilidade se for realmente independente.

Faustino Mumbica reagia á notícia de que o Presidente João Lourenço ordenou uma auditoria às contas de 2017 do fundo.

Isto numa altura em que o governo angolano está envolvido em acções que levaram ao congelamento de contas nas Maurícias e em Inglaterra de contas ligadas à companhia Quantum Global que administrava milhares de milhões de dólares do fundo

Num despacho datado de de 28 de Maio o Chefe Estado orientou aos novos gestores do FSDEA a realizar um "concurso limitado por convite" para "auditoria às demonstrações financeiras" da instituição, relativas ao exercício económico de 2017.

A administração do Fundo Soberano de Angola (FSDEA), é actualmene liderada por Carlos Alberto Lopes, após a exoneração de José Filomeno dos Santos, filho do ex-Presidente José Eduardo dos Santos

O economista Faustino Mumbica defende que uma auditoria à instituição só terá credibilidade se for orientada e supervisionada por um organismo independente.

O especialista considera que com esta atitude o Presidente angolano pretende tão somente encobrir os verdadeiros responsáveis pela má gestão do FSDA.

O FSDEA, cuja gestão tem sido colocada em causa, desde a exoneração de José Filomeno dos Santos, foi constituído com recursos provenientes da venda do petróleo, no valor de 5.000 milhões de dólares

O pedido de auditoria às contas do FSDEA surge depois de, na última semana, o suíço-angolano Jean-Claude de Morais, que geria mais de 3.000 milhões de dólares dos activos do FSDEA, ter sido constituído arguido e impedido de sair do país.

Jean-Claude de Morais, que é presidente e fundador da Quantum Global, foi antes interrogado na Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal da Procuradoria-Geral da República (PGR). E está agora proibido de deixar Angola

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