O enviado especial da ONU para a Costa do Marfim considera existir oportunidade para o novo governo, embora tenha alertado para a necessidade de uma rápida restauração da lei e da ordem em todo o país.
Choi Young-jin, o representante especial das Nações Unidas na Costa do Marfim indicou ao Conselho de Segurança que, e na generalidade, os elementos armados e os apoiantes do antigo presidente Laurent Gbagbo não devem constituir um desafio substancial para a estabilidade.
Choi sublinhou que o desmoronamento das forças de Gbagbo pressupõe a reconciliação no país.
Gbagbo foi derrotado pelo opositor Alassane Ouattara no sufrágio presidencial do ano passado mas recusou-se a abandonar o cargo.
Seguiram-se quatro meses de luta pelo poder que levaram à fuga de cerca de um milhão de pessoas. Gbagbo foi capturado, em Abril, na sua residência por combatentes pró Ouattara, encontrando-se sob prisão domiciliária.
O representante da ONU afirmou que as autoridades marfinenses estão a fazer o possível para acelerar o restaurar da lei e da ordem. Choi acrescentou que os elementos da força de pacificação da ONU adoptaram medidas para lidar o que classificou de défice de segurança na região ocidental da Costa do Marfim.
As medidas incluem o estabelecimento de oito novos campos militares para a força de paz, quatro deles na zona de fronteira com a Libéria.
“Temos confiança em que o presidente Ouattara e a sua equipa, que tem demonstrado grande paciência e sangue frio durante a crise, estão a trabalhar afincadamente no sentido de enfrentar os desafios para o benefício do povo marfinense”.
Em intervenção perante o Conselho de Segurança, o representante da Costa do Marfim, Youssoufou Bamba sublinhou ter se registado progresso no domínio da segurança.
Bamba acrescentou existir séria preocupação para com a situação na região ocidental, em particular ao longo da fronteira com a Libéria, onde forças leais a Gbagbo se mantêm activas.
O representante marfinense desmentiu notícias de elementos do governo de Gbagbo estejam a ser maltratados.