A decisão de Isaías Samakuva de permanecer na liderança da UNITA por pelo menos mais um ano foi criticada por alguns analistas angolanos que viram na decisão “apego ao poder” e uma falta de seriedade com a sua palavra.
Samakuva disse que foi colocado contra a parede e que “naõp tem forças” para continuar na presidência eternamente
No fim-de-semana os 196 membros da Comissão Polícia votaram por voto secreto em manter Samakuva na presidência por 169 votos a favor dessa proposta.
Samakuva aceitou o resultado voltando assim atrás na sua decisão de abandonar a chefia do partido.
A analista Sizaltina Cuataia considera que Isaias Samakuva esteve “mal na fotografia”, e “fez jus postura dos lideres angolanos e africanos de apego ao pode`”r.
"Isaias Samakuva perdeu uma oportunidade para encerrar com chave de ouro o desempenho brilhante que vinha tendo no ano de 2017”, disse Cuataia.
“Em meu entender Samakuva manchou a sua performance do ano ao insistir permanecer no poder da UNITA", acrescentou.
Outro analista politico, o jornalista Ilídio Manuel que diz não acreditar que mesmo em 2019, Samakuva queira se retirar.
"Eu já não tenho garantia que Samakuva não queira manter-se na presidência mesmo no fim do mandato em 2019 porque quem recua uma vez pode recuar 2, 3, vezes”, disse.
“Ele não honrou com a sua palavra", acrescentou.
Mas Samakuva disse que foi “colocado contra a parede”.
"Eu não estou doente, não estou a fugir, para minha vida pessoal não interessa sair agora como se fosse um traidor, como muitos me disseram, e então vou ficar até 2019", afirmou Isaías Samakuva
Mas Samakuva diz que não fica eternamente, ainda que os militantes peçam.
"Não, não, e devo dizer que isso tem limites”, disse o líder da UNITA.
“Estou com 71 anos e tenho que pensar em fazer outras coisas”, disse o presidente da UNITA que quando interrogado sobre se ficaria se os militantes pedirem para o fazer em 2019 respondeu:
“Não, já não tenho forças para isso.”