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Analistas angolanos dizem que OGE de 2018 segue os anteriores


João Lourenço
João Lourenço

Presidente não impôs sua marca no documento

O Orçamento Geral do Estado para 2018 que vai a votação final na Assembleia Nacional na quarta-feira, 14, reflecte ainda a governação anterior de José Eduardo dos Santos, com os mesmos vícios e defeitos do passado segundo alguns especialistas ouvidos pela VOA.

Aanalistas criticam orçamento angolano - 2:39
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O economista José Matuta Coato diz acreditar que João Lourenço ainda não deu um cunho pessoal seu neste OGE para 2018, ainda se notam os mesmos vícios dos orçamentos elaborados pelo executivo anterior

"Este Executivo assumiu o poder em Outubro e apesar de algumas tentativas de alterações ainda se vislumbram as marcas novas, apesar da mudança de líder o partido que sustenta o novo Governo continua a ser o mesmo", lembra Coato.

Na mesma linha de pensamento, o especialista Galvão Branco entende que este orçamento ainda não reflete o actual modelo de gestão que o país precisa.

"Este OGE mantém o mesmo modelo e forma, não há grandes alterações significativas, não espelha a gestão por objectivos que o país precisa, nem identifica um conjunto de objectivos que são determinantes para a estabilização do país", acrescenta Branco.

José Severino, da Associação Industrial Angolana, diz também que o OGE não responde os anseios do país.

"Na revisão do OGE para Junho deste ano há que mudar o actual bolo atribuído à agricultura porque com a dotação actual não nos leva a lado algum”, explica Severino, que lembra que “Angola não terá a sustentabilidade alimentar que precisa e vamos continuar a ter migração para as grandes cidades, um dos maiores perigos para o país”.

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