América dividida sobre proibição de entrada de cidadãos de sete países

Muçulmanos protestam contra decreto presidencial

Maioria contra preferência religiosa.

Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira, 31, pela Reuters/Ipsos revela que 49 por cento dos adultos americanos concordam "fortemente" ou "um pouco" com o decreto de Donald Trump que suspende a entrada de cidadãos de sete países de maioria muçulmana nos Estados Unidos.

Entretanto, 41 por cento discordam "fortemente" ou "um pouco" e outros 10 por cento disseram não ter uma resposta.

O estudo feito na segunda e terça-feira revelou ainda que cerca de 53 por cento dos democratas afirmam estar "totalmente em desacordo" com a acção de Trump, enquanto 51 por cento dos republicanos dizam estar "totalmente de acordo".

A pesquisa Reuters/Ipsos mostra que 31 por cento dos norte-americanos se sentem "mais seguros" por causa da proibição, em comparação com 26 por cento que dizem sentir-se "menos seguros".

Sem preferências religiosas

Ainda de acordo com o levantamento, cerca de 38 por cento afirmam sentir que os Estados Unidos dão "um bom exemplo" de como enfrentar melhor o terrorismo, enquanto 41 por cento acreditam que o país está a dar "um mau exemplo".

A maioria dos americanos, no entanto, não pensa que o país deve mostrar uma preferência por refugiados cristãos, como Trump sugeriu.

Cerca de 56 por cento, incluindo 72 por cento dos democratas e 45 por cento dos republicanos, discordam que o país deva "acolher os refugiados cristãos, mas não os muçulmanos".

A pesquisa Reuters/Ipsos foi realizada online em inglês em todos os 50 Estados norte-americanos junto de 1.201 pessoas, incluindo 453 democratas e 478 republicanos.

A margem de erro é de três pontos percentuais.