A Ucrânia diz que as forças russas estão a bombardear as rotas de evacuação acordadas em Mariupol violando um cessar-fogo, que deveria entrar em vigor às 7:00 horas.
O porta-voz do ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, disse: "Hoje, 5 de março, a partir das 10:00 horas, horário de Moscovo, o lado russo declara um cessar-fogo e a abertura de corredores humanitários para permitir que civis deixem Mariupol e Volnovakha. As rotas de saída foram acordadas com o lado ucraniano.''
As autoridades de Mariupol disseram que estão a atrasar os planos de evacuação e pediram aos moradores que se refugiem.
As rotas de evacuação deveriam estar abertas por cinco horas para autocarros e carros particulares.
Falando a repórteres na sexta-feira antes de uma reunião com seus colegas da União Europeia, em Bruxelas, Blinken disse: "Estamos a enfrentar juntos esta guerra escolhida pelo presidente [russo, Vladimir] Putin - não provocada, injustificada e uma guerra que está a criar horror, consequências terríveis."
"Estamos comprometidos em fazer todo o possível para que isso pare", acrescentou, mas descartou a imposição de uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia, dizendo que tal acção poderia levar a um conflito mais amplo.
"Temos a responsabilidade de garantir que a guerra não se espalhe além da Ucrânia (...) uma zona de exclusão aérea pode levar a uma guerra completa na Europa", disse.
A reunião em Bruxelas aconteceu após a Ucrânia acusar a Rússia de "terror nuclear", por bombardear e iniciar um incêndio na central de Zaporizhzhia antes de assumir o controlo.
A fábrica, que fica na cidade de Enerhodar, no sudeste do país, produz cerca de 25% da energia da Ucrânia.
A inspecção nuclear da Ucrânia disse que nenhuma radiação vazou na central e que o pessoal continua a operar com segurança. Os bombeiros conseguiram controlar as chamas, disseram as autoridades ucranianas.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas realizou uma reunião de emergência na sexta-feira (4) para discutir o ataque a pedido do Reino Unido, França, Irlanda, Noruega e Albânia.
"O mundo evitou por pouco uma catástrofe nuclear, na noite passada", disse a embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, durante a reunião.
"Acabamos de testemunhar uma nova escalada perigosa que representa uma ameaça terrível para toda a Europa e o mundo," sublinhou a diplomata.