Um suspeito membro da Al-Qaida, acusado de apoiar terroristas, apresentou-se, ontem, para a primeira sessão de julgamento num tribunal federal de Filadélfia, após sido extraditado da Espanha.
Ali Charaf Damache foi indiciado, em 2011, pelas autoridades da Pensilvânia acusado de ter ajudado o terrorismo, incluindo a concepção de um plano para assassinar Lars Vilks, artista da Suécia, que descreveu o profeta Muhammad como um cão.
As autoridades acreditam que Damache conspirou com a americana Colleen La Rose, que era conhecida como Jihad Jane, para recrutar pessoas para realizar ataques terroristas na Europa e na Ásia.
La Rose cumpre agora uma pena de 10 anos por concepção de ataques, incluindo o plano de assassinar Vilks, que nunca se materializou.
Damache, conhecido na internet como Black Flag, é o primeiro estrangeiro extraditado para responder à acusações de terrorismo nos Estados Unidos no mandato do presidente Donald Trump.
Trump disse que concordava com o envio de suspeitos terrorista para a prisão militar do Guantánamo no lugar de serem julgados em tribunais civis.
Não há clareza de momento sobre o que levou a administração Trump a mudar tal posição.
Damache, que é de nacionalidade argelina, viveu muitos anos na Irlanda, onde foi detido em 2010. Um tribunal local recusou o pedido de extradição para os Estados Unidos e libertou-o.
Em 2015, foi detido em Barcelona, e o governo Espanhol aceitou extraditá-lo para os Estados Unidos.