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Samakuva apoia inquérito independente a confrontos do Huambo


O líder da Unita saudou hoje, quinta-feira 14, em Luanda, a intervenção das Nações Unidas nos acontecimentos do Monte Sumi no Huambo que envolveram a seita A Luz do Mundo e apelou os angolanos a perderem o medo de reivindicarem os seus direitos.

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No discurso que pronunciou na abertura de reunião de cúpula do seu partido, Isaias Samakuva disse esperar que os acontecimentos do Monte Sumi sejam investigados por entidade independente e admitiu que o incidente não foi uma simples retaliação pela morte de elementos da Polícia Nacional.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos pediu há poucos dias que as autoridades angolanas autorizem um inquérito independente ao que se passou naquele local e expressou preocupação pela alegada perseguição dos seguidores da seita A Luz do Mundo.

A organização angolana Mãos Livres advogou originalmente a ideia de um inquérito independente aos acontecimentos em que, segundo as autoridades angolanas, morreram 13 civis e nove policias. Contudo, políticos e familiares de fieis da seita dizem que o número é muito mais elevado podendo ascender a centenas senão mesmo a mil.

Samakuva disse esperar que “mais cedo ou mais tarde, a real dimensão humanitária e jurídica do genocídio do Monte Sumi será investigada e virá à superfície”.

O líder da Unita afirmou haver também uma dimensão politica do que se passou, interrogando-se sobre de onde vieram as ordens para a repressão e para se colocar material de propaganda da Unita no local.

Samakuva adiantou ainda que o seu partido está particularmente empenhado na luta contra a tirania, as violações dos direitos humanos, a falta de emprego, de esgotos e contra o paludismo, a miséria, o crime, a corrupção e a má governação, tendo apelado os angolanos a perderem o medo e a exigirem os seus direitos .

Isaías Samakuva disse que antes do fim do ano em curso a Unita deverá realizar o seu XII Congresso e anunciou que a reunião de hoje vai discutir medidas para vencer a crise social, de governação, financeira, a crise de soberania e a crise eleitoral.

“Vamos analisar as melhores vias de contrariar o apetite do regime do Presidente José Eduardo dos Santos de levar o país para um novo conflito violento, a fim de inviabilizar a sua derrota eleitoral”, concluiu o líder da oposição angolana.

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