Seguidores da seita A Luz do Mundo, liderada por José Julino Kalupeteka, denunciam perseguições por parte do Governo angolano, o que os obriga a estar nas matas e em fuga permanente.
A vida continua difícil, afirmam fiéis da seita A Luz do Mundo, liderada por José Julino Kalupeteka que, antes dos confrontos com a polícia a 16 de Abril, rezavam nas montanhas da antiga vila Robert Williams, actual Cáala.
Os fiéis sobreviventes dizem agora estar a ser perseguidos por efectivos da polícia de investigação criminal e dos serviços secretos angolanos.
Na data dos factos, o Presidente de Angola acusou a seita Kalupeteka de ser uma ameaça à paz e à unidade nacional.
Numa mensagem ao povo angolano, José Eduardo dos Santos referiu que a reacção violenta do líder da seita e dos seus colaboradores mais próximos demonstrava que são indivíduos perigosos e que "devem ser todos rapidamente capturados e entregues à Justiça".
Para o efeito, Santos ordenou aos órgãos de defesa, segurança e ordem interna para desmantelar completamente a seita.
Os seguidores de Kalupeteka rejeitam a acusação do Presidente da República e dizem que vão continuar a seguir o denominado profeta do seculo 21.
“O que nos tranquiliza é o facto de sabermos o paradeiro do líder mesmo, não nos deixando cantar, nem mesmo ouvir música”, denuncia a nossa fonte.
Os seguidores de Kalupeteka, que preferem falar sobre o anonimato, por temerem represálias dizem enfrentar uma vida difícil e apela ao Governo que cesse as perseguições contra a referida religião que nem mesmo podem ouvir louvores.
“Se estais a ser perseguido não tens por que estar em casa, mas se o governo para as perseguições não tens porque estar nas matas”, frisou.
A nossa fonte afirma que Kalupeteka ensinou doutrina que jamais será abandonada e por isso os fiéis mantêm a crença nos seus ensinamentos.
De referir que o Governo angolano tem envidado esforços para contrapor às denúncias sobre os números de civis mortos. O sobrinho de José Julinho Kalupeteka, Julino Tito, solicitou na semana passada a intervenção dos Estados Unidos e das Nações Unidas proteger os fiéis que sobreviveram e que se encontram escondidos.