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Líder do Serviço Jesuíta aos Refugiados acusa Governos de Angola e RDC de politizarem repatriamento dos refugiados


Refugiados da RDC na Lunda Norte
Refugiados da RDC na Lunda Norte

Padre Celestino Epalanga critica repatriamento forçado de mais de 500 congoleses

O responsável do Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS), padre Celestino Epalanga, acusa as autoridades de Angola e da República Democrática do Congo (RDC) de estarem a politizar o processo de repatriamento dos refugiados.

Angola expulsa congoleses, refugiados não querem regressar á RDC - 2:59
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Em declarações à VOA, o sacerdote católico disse que o recente repatriamento forçado de mais de 500 refugiados por parte de Angola foi unilateral e não obedeceu as regras definidas pelas Nações Unidas.

O padre Celestino Epalanga referiu que a maioria dos cerca de 12 mil refugiados que ainda permanecem no campo de reassentamento do Lovua não querem sair de Angola até que as Nações Unidas assegurem as condições de segurança nas zonas de conflito na RDC.

O analista angolano João Lukombo Zatuzola considera, entretanto,que a imigração descontrolada de congoleses para Angola pode estar na origem da recente decisão do Governo de Luanda de repatriar alguns estrangeiros que não dispunham de documentos que os permitisse beneficiar do estatuto de refugiados.

Lukombo diz que os congoleses usam todos os meios para entrar em Angola, não sendo poucos os que se apresentam como refugiados.

Como antigo refugiado angolano na RDC durante a guerra colonial, eledefende que cabe às organizações humanitárias dos dois países aferir das condições de segurança que permitam o regresso dos refugiados para os seus locais de origem.

Em Fevereiro, 530 congoleses voltaram para RDC de forma forçada por decisão das autoridades da Lunda Norte.

A acção não foi do agrado do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) que anunciou estar em contacto com as autoridades angolanas para compreender o motivo destes repatriamentos forçados.

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