O presidente do Quénia, Uhuru Kenyatta, foi, hoje, empossado para mais um mandato de cinco anos, após uma vitória controversa e contestada pela oposição liderada por Raila Odinga.
O processo eleitoral, que teve uma repetição após irregularidades confirmadas pelo Tribunal Supremo, foi fortemente contestado por Odinga e seus seguidores, por alegadamente ter sido bastante viciado.
Odinga não fez campanha para a repetição e apelou aos seus apoiantes para não comparecerem às urnas. Kenyatta venceu com 98 por cento.
A tomada de posse de Odinga foi assistida por 60 mil pessoas, no Estádio Kasarani, na capital Nairobi. Participaram, entre outros, os chefes de Estado da Somália, Ruanda, Sudão do Sul, Etiópia, Djibouti e Zâmbia.
Maninfetação repelida
Antes da cerimónia, a polícia disparou gás lacrimogéneo para tentar controlar multidão.
A polícia recorreu também ao gás lacrimogéneo noutra parte de Nairobi, onde apoiantes de Raila Odinga projectavam uma manifestação para homenagear os mortos em confrontações com forças de segurança durante o período eleitoral.
Pelo menos 70 pessoas morreram em confrontações relacionadas com as eleições quenianas.
Os apoiantes de Odinga, na maioria originários das zonas pobres do país, reclamam a igualdade de oportunidades.
Entre outros argumentos, eles dizem que três dos quatro presidentes que o país já teve são de um único grupo étnico, Kikuyu. O país tem 44 grupos étnicos reconhecidos.