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Presidentes da África do Sul e Moçambique vão discutir prisão de Manuel Chang


 Cyril Ramaphosa
Cyril Ramaphosa

Detenção de sul-africano em Cabo Delegado é outro dos tópicos em discussão

A detenção, na África do Sul, do ex-ministro moçambicano das Finanças, Manuel Chang, será um dos tópicos em discussão num encontro, segunda-feira,14, em Maputo, entre os presidentes Cyril Ramaphosa e Filipe Nyusi.

O anúncio do encontro foi feito pela ministra dos negócios estrangeiros sul-africana Lindiwe Sisulu, num encontro com jornalistas, no qual abordou as recentes eleições no Congo Democrático e Madagáscar e a presença do país no Conselho de Segurança da ONU, a partir deste mês.

As autoridades moçambicanas tinham anteriormente afirmado que não tinham sido informadas pela África do Sul da detenção de Manuel Chang e da existência de um mandado de captura contra o ex-ministro.

Sisulu disse que essas questões deverão ser esclarecidas no encontro entre os dois chefes de estado.

Chang foi detido, no dia 29 de Dezembro, a pedido das autoridades judiciais dos Estados Unidos onde faz face a diversas acusações de fraude, suborno e lavagem de dinheiro no processo das “dívidas escondidas”.

Os advogados de Manuel Chang, meteram nesta quinta-feira, 10, um recurso no Tribunal Superior de Pretória contra três decisões tomadas pelo tribunal distrital de Kempton Park, em Joanesburgo, a favor do Ministério Público sul-africano.

Eles discordam da validação da detenção de Manuel Chang, a alegada recusa em obterem, da Procuradoria, informações mais detalhadas sobre as acusações e o valor da caução colocada na categoria cinco do direito criminal sul-africano.

A defesa quer que a caução seja tratada no direito comum e mesmo assim considera que Chang não cometeu nenhum crime no território sul-africano e, por isso, quer a revisão das três decisões por um tribunal superior.

Sul-africano acusado de terrorismo

Outra questão a ser discutida entre os presidentes dos dois países é a detenção do cidadão sul -africano Andre Hanekom, na província moçambicana de Cabo Delegado, alegadamente por terrorismo.

Hanekom é acusado de fornecer apoio a grupos que tem levado a cabo ataques em diversas partes daquela província.

A mulher de Hanekom, Francis, nega veementemente a acusação afirmando que a sua prisão é o resultado de cobiça de algumas personalidades locais que se querem apoderar do seu negócio.

O sul-africano foi levado para uma base militar onde não tem acesso a advogado.

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