O secretário-geral do MPLA, António Paulo Kassoma, apresentou em Malanje sobre o programa do seu partido abordando temas desde a necessidade do balanço do desempenho do MPLA nas últimas eleições gerais à preparação das autarquias.
Mas não fez qualquer referência a um eventual congresso extraordinário ou à saída de José Eduardo dos Santos da presidência do partido.
“Não podemos esquecer que o MPLA tem a elevada responsabilidade de criar todas as condições para garantir o cumprimento das promessas eleitorais que fez durante a campanha, é inevitável”, prometeu Kassoma.
A retirada de José Eduardo dos Santos da vida política, consequentemente do topo da organização, não foi mencionada no discurso de Kassoma, que reforçou a estratégia política para a satisfação das promessas eleitorais.
A permanência de Santos na liderança do MPLA tem estado a criar controvérsia dentro do partido.
A imprensa angolana noticiou recentemente que um grupo de históricos do partido escreveu recentemente a José Eduardo dos Santos a pedir que abandone a chefia do partido.
Dos Santos prometeu deixar a vida política em 2018 mas não deu até agora qualquer indicação de quando o tenciona fazer.
Em Malanje, muitos manifestam alguma incerteza sobre uma eventual nstabilidade dentro do MPLA.
O cidadão Israel da Silva, por exemplo, sugere que é tempo do partido governante solucionar a questão, evitando gerir conflitos internos no futuro.
“Entendo que é necessário que o partido e o próprio presidente José Eduardo dos Santos, de modo sábio e para o bem, quer da imagem do ex-Presidente da República, quer para o bem da estabilidade política do próprio partido, discutam bem internamente, e encontrem uma saída”, defendeu.
Em vários círculos o tema ganha dimensão e há opiniões para todos os gostos.