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Milhares de libaneses preparam manifestação contra o governo


Manifestantes anti-governo atiram pedras contra a polícia anti-motim, em Beirute, 6 de agosto
Manifestantes anti-governo atiram pedras contra a polícia anti-motim, em Beirute, 6 de agosto

Milhares de libaneses juntaram-se neste sábado para um grande protesto contra uma liderança política que eles consideram culpada pela explosão massiva que matou mais de 150 pessoas e desfigurou a capital Beirute.

Dois dias depois de uma visita histórica do presidente francês Emmanuel Macron, a atividade diplomática intensificou-se em Beirute para organizar o apoio internacional ao país atingido pelo desastre antes de uma conferência de ajuda no domingo.

Pelo quarto dia consecutivo, Beirute acordou com o som de vidros quebrados sendo varridos pelas ruas, os seus habitantes continuam a fazer o balanço depois de uma das maiores explosões do género na história recente.

Um incêndio no porto de Beirute na terça-feira num armazém que continha 2.500 toneladas de nitrato de amónio, desencadeou uma explosão que foi sentida em países vizinhos e destruiu bairros inteiros da cidade.

Vídeos do desastre mostram uma onda de choque em forma de cogumelo que atraiu comparações com as bombas atómicas de 1945 no Japão, enquanto equipas de resgate estrangeiras compararam a devastação com cenas de terremoto.

Sábado pode ser o último dia em que alguém soterrado tem chance de ser encontrado com vida e, de acordo com o Ministério da Saúde, mais de 60 pessoas ainda estão desaparecidas.

A Holanda anunciou no sábado que a esposa de seu embaixador estava entre as 154 pessoas confirmadas como mortas na tragédia.

A solidariedade para com as vítimas da explosão, dentro e fora do Líbano, foi impressionante, mas o desastre foi erro humano e os libaneses querem que os responsáveis respondam por isso.

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