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Kerry pede apoio militar para derrotar a Síria e diz que EUA não fecharão os olhos ao Irão


O secretário de Estado americano John Kerry disse poder ser necessário o apoio militar internacional para derrubar o presidente sírio, Bashar al-Assad. O chefe da diplomacia americana fez estas declarações na Arábia Saudita, onde se reuniu com líderes árabes, com quem discutiu também as negociações em curso com o Irão.

Antes de abordar as negociações em curso para um possível acordo entre o Irão e o chamado grupo dos "5+1", o secretário de Estado americano falou sobre a situação na Síria.

“Assad perdeu qualquer semblante de legitimidade, mas não temos qualquer prioridade maior do que derrotar o Estado Islâmico", admitiu, Kerry.

Segundo o governante americano, para conseguir uma transição na Síria é necessária uma combinação de diplomacia e pressão.

"O facto de Assad ter ficado no poder fez da Síria um refúgio seguro para terroristas e ele é uma ameaça para o país e o mundo árabe", disse Kerry.

No encontro que manteve com a imprensa depois de se avistar com os dirigentes da Arábia Saudita em Riad, John Kerry também pediu à ONU que pressione a Síria para deixar de usar armas químicas contra a população.

Em plena guerra civil, foram registados vários casos de possíveis genocídios com ataques a gás clorino foram registados em Damasco e noutras cidades.

A guerra na Síria dura há mais de quatro anos e provocou a morte de pelo menos 230 mil pessoas.

Com a intensificação da preocupação com o Estado Islâmico, que passou a dominar cada vez mais territórios desde 2013, os Estados Unidos deixaram de lado o combate às forças de Bashar al-Assad para centralizar a sua acção contra o Estado Islâmico.

Em Riad, John Kerry encontrou-se com o novo rei saudita, Salman, e ministros dos Negócios Estrangeiros de vários países árabes, a quem deu a conhecer os progressos nas negociações entre os Estados Unidos, países europeus e Irão.

"Obviamente, o resultado dessas negociações será da maior importância para os Estados Unidos, sim, mas realmente para todo o mundo, e particularmente para esta região", reiterou Kerry.

Com um Governo sunita, a Arábia Saudita é uma clara adversária do Irão que tem um poder xiita.

A exemplo de Israel, a monarquia saudita teme que o Irão também se aproveite das negociações para impôr a liberdade de eventualmente construir armas nucleares.

John Kerry, no entanto, reiterou ao novo rei saudita, que os Estados Unidos "não fecharão os olhos a actos desestabilizadores do Irão".

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