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Vulcão pode ser ponto turístico por excelência de Cabo Verde


Vulcão do Pico, Fogo, Cabo Verde
Vulcão do Pico, Fogo, Cabo Verde

Começou debate sobre reconstrução de áreas devastadas pela erupção do Vulcão do Pico, na ilha do Fogo.

A existência de um vulcão constitui, por um lado, motivo de preocupação, devido a receios de estragos que uma erupção vulcânica pode provocar. Por outro lado, revela-se também um atractivo e fonte para o ganha-pão de muitas famílias.

Depois da erupção do Vulcão do Pico, na ilha cabo-verdiana do Fogo, de 23 de Novembro e que durou mais de dois meses, debate-se agora a importância do turismo para a região.

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Se antes da erupção do passado 23 de Novembro, o Vulcão do Fogo já atraia muitos turistas e visitantes, agora, segundo o director do Parque Natural, Alexandre Neves, ganhou nova dinâmica.

Perante o cenário de maior interesse pelo Vulcão, Neves advoga a necessidade de se tomar algumas medidas, desde logo o controlo de acesso, passando pela criação de algumas condições.

Uma dessas condições prende-se com a construção da nova sede do Parque Natural, já que a anterior foi engolida pelas furiosas lavas da erupção vulcânica.

Alexandre Neves avança que a Alemanha já manifestou interesse em financiar o projecto para a construção da sede, que acaba de ganhar mais um prémio internacional.

Outro aspecto ressalvado por aquele responsável tem a ver com a necessidade de se apostar no marketing e desenvolver a rede de transportes seja aéreo e marítimo.

Neste particular aéreo, a iluminação da pista do aeródromo de São Filipe seria algo extraordinário, diz Alexandre Neves, para o aumento de numero de voos para a ilha do Fogo.

O director do Parque Natural do Fogo destaca também a necessidade de haver um acompanhamento mais estreito por parte das autoridades competentes do país, já que o desenvolvimento do turismo pode trazer situações negativas, realçando a prostituição e outras práticas menos boas.

Quanto ao reassentamento da população, o director defende que a construção deve acontecer numa zona mais próxima de Chã das Caldeiras, realçando igualmente, a importância das adegas de produção do vinho serem construídas no interior da localidade, para salvaguardar a qualidade do produto, tido como uma das grandes marcas da ilha do Fogo.

Por outro lado, o professor e historiador Fausto do Rosário considera que o desenvolvimento do turismo não pode passar ao lado das populações, já que muitas famílias tiveram perdas consideráveis.

Rosário diz não comungar do discurso feito por alguns, de que há males que vêm por bem, afirmando que a erupção vulcânica é sempre uma desgraça, mormente a última, que praticamente arrasou as principais infra-estruturas que existiam em Chã das Caldeiras.

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