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Isabel II: Historiador, antropólogo e Chefes de Estado destacam "figura emblemática"


FILE - Britain's Queen Elizabeth leaves after a Service of Thanksgiving to mark the Centenary of the Royal British Legion at Westminster Abbey, London, Oct. 12, 2021. (Frank Augstein/Pool via Reuters)
FILE - Britain's Queen Elizabeth leaves after a Service of Thanksgiving to mark the Centenary of the Royal British Legion at Westminster Abbey, London, Oct. 12, 2021. (Frank Augstein/Pool via Reuters)

Com a morte da rainha da Inglaterra Isabel II, o seu papel na história começa a ser analisado por especialistas, depois de um reinado de 70 anos que cobriu maior parte do século 20 e um quinto do actual.

Ela também é referenciada como "marcante" por Chefes de Estado.

O historiador angolano Silva Cabaça, considera a Isabel II como sendo “uma figura emblemática que contribuiu muito para o desenvolvimento de muitas nações”.

“É uma figura carismática e conselheira que participou no desenvolvimento do seu país”, acrescentou historiador angolano, lembrando que só a sua presença já servia para uma motivação, quer seja no âmbito do amor, como do carinho, e mudava a forma de agir de determinadas pessoas".

“Era uma mãe e, como toda a mãe, levava a paz para qualquer lar e para qualquer sociedade”, concluiu Silva Cabaça.

Manuel Brito-Semedo, antropólogo cabo-verdiano
Manuel Brito-Semedo, antropólogo cabo-verdiano

O antropólogo e escritor cabo-verdiano Manuel Brito-Semedo fala numa figura “marcante da história universal”.

“A vida dela é atravessada por grandes acontecimentos da história, uma lista enorme de acontecimentos, factos importantes, como o processo da própria descolonização, que deu origens a países independentes e ao próprio cruzamento com a hstória de Portugal, em todo esse processo de aliados, e indirectamente com Cabo Verde na qualidade de uma ex-colónia portuguesa”, enumera Brito-Semedo ao destacar a importância de Isabel II e o seu reinado.

Aquele antropólogo realça ter sido sido uma “figura mundial que influenciou a história e os sucessivos governos”.

Reacções

Os governos dos países africanos de língua portuguesa ainda não se pronunciaram sobre a morte da rainha britânica.

Entretanto, o Chefe de Estado português publicou uma nota no portal da Presidência em que diz “neste momento de luto e de dor, apresento a Vossa Majestade e a toda a Família Real, bem como a todos os Britânicos, em nome do Povo português e no meu próprio, os meus sinceros pêsames, transmitindo os meus profundos sentimentos pela perda sofrida".

Presidente português Marcelo Rebelo de Sousa, Atenas, 13 Março 2018.
Presidente português Marcelo Rebelo de Sousa, Atenas, 13 Março 2018.

Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que "a Rainha Isabel II permanecerá para todos um exemplo de coragem, de dedicação, de estabilidade e de inabalável sentido de serviço público" e relembrou as visitas que a monarca realizou a Portugal, em 1957 e 1985, destacando a "honra do encontro mantido" aquando da sua deslocação a Londres, em 2016.

Rebelo de Sousa disse pretender assistir ao funeral.

No Brasil, o Presidente Jair Bolsonaro decretou luto oficial de três dias.

Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, num encontro com o Presidente americano, Joe Biden, na Cimeira das Américas, Los Angeles, 9 Junho 2022
Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, num encontro com o Presidente americano, Joe Biden, na Cimeira das Américas, Los Angeles, 9 Junho 2022

“Nesta data triste para o mundo, decretamos três dias de luto oficial e convidamos todo o povo brasileiro a prestar homenagens à Rainha Elizabeth II", escreveu, no Twitter.

Bolsonaro disse ainda que o Brasil recebeu a notícia do falecimento “com grande pesar e comoção” e descreveu Isabel II como “uma mulher extraordinária e singular, cujo exemplo de liderança, de humildade e de amor à pátria seguirá inspirando a nós e ao mundo inteiro até o fim dos tempos”.

Por seu lado, o Presidente de Timor Leste afirmou que a morte de Isabel II “é uma perda para o povo britânico e para o Commonwealth”.

Em Camberra, Austrália, onde realiza uma visita de Estado, José Ramos-Horta descreveu a rainha como “uma mulher extraordinária, símbolo do Reino Unido e que serviu o seu país durante 70 anos” .

O também Prémio Nobel da Paz recordou que o Reino Unido foi sempre um grande parceiro de Timor-Leste no período crítico de 1999”.

“O Governo foi muito solidário com Timor-Leste e tem sido um grande parceiro nosso. Temos milhares de timorenses a viver no Reino Unido, a fazer as suas vidas, e por isso estamos ligados ao Reino Unido”, concluiu Ramos-Horta.

Isabel II morreu nesta quinta-feira, 8, aos 96 anos de idade, em Balmoral.

A imprensa britânica diz que o enterro deve acontecer no dia 18 , na Abadia de Westminster, em Londres.

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