A empresária angolana Isabel dos Santos negou ter sido notificada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para responder a um inquérito em curso sobre a sua gestão como presidente da Sonangol e sublinhou que foi com "surpresa" que soube das informações veiculadas na segunda-feira, 30, pela imprensa pública angolana.
"No seguimento de notícias publicadas a Eng.ª Isabel dos Santos vem por este meio esclarecer que não recebeu qualquer notificação da Procuradoria-Geral da República de Angola. Foi com surpresa que a Eng.ª Isabel dos Santos tomou conhecimento através da comunicação social que teria sido notificada para responder sobre actos da sua gestão na Sonangol, onde assumiu funções de Presidente do Conselho de Administração", diz o comunicado.
Santos também considerou de “falsa” a afirmação de que foram realizadas transferências bancárias de 38 milhões de dólares após o anúncio da cessação das suas funções à frente da Sonangol.
Isabel dos Santos questiona decretos que revogam contratos "apenas" das suas empresas
Na segunda-feira, a imprensa pública de Angola noticiou que a PGR tinha notificado Isabel dos Santos a 17 de Julho para prestar declarações no âmbito do inquérito em curso sobre a sua gestão à frente da empresa Sonangol.
As mesmas fontes indicaram ainda que uma segunda notificação poderia ser emitida da qualquer momento.
Governo angolano acusa companhia alegadamente ligada a Isabel dos Santos de "falsidades grosseiras"
Veja excertos da entrevista de Ana Gomes ao Washington Fora d'Horas, em que diz que Isabel dos Santos vai ser investigada por Comissão do Parlamento Europeu:
