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Guiné-Bissau: Presidente interino renuncia ao cargo devido a "fortes ameaças à sua integridade física"


Bissau, Assembleia Nacional
Bissau, Assembleia Nacional

O presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), Cipriano Cassamá, decidiu renunciar, na manhã deste do domingo, 1 de março, ao cargo do presidente interino da República para que foi “investido com todos os efeitos legais”, em salvaguarda dos “interesses maiores”.

Cassamá renunciou ao cargo que foi investido por 52 deputados numa sessão parlamentar realizada na noite de 28 de fevereiro.

O líder do Parlamento fez esse anúncio na sua residência que estava cercada por elementos de forças da defesa guineense, da ECOMIB (força de interposição da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental -CEDEAO) e do seu corpo de segurança.

Dirigindo-se aos guineenses através de uma “carta de renúncia”, Cipriano Cassamá, diz que sentiu fortes ameaças à sua integridade física e a do seu corpo de segurança pelos "homens fortemente armados" e, por conseguinte, põe em perigo a sua segurança e da sua família.

Guiné-Bissau: Cipriano Cassamá renuncia ao cargo de presidente interino dois dias depois de ser empossado
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Cassamá revelou que é evidente a invasão pelas forças armadas ao Parlamento, como também as ameaças à sua vida e da sua família, pelo que decidiu renunciar para a salvaguarda dos interesses maiores e voltar em exercício pleno para cargo de presidente da ANP.

Aristides Gomes fala em situação de violência

Aristides Gomes, o primeiro-ministro demitido por Umaro Sissoco Embaló, a 28 de fevereiro, disse a jornalistas que "estamos face a uma situação que tem o defeito de fazer acordar os demónios e os fantasmas da violência no nosso país".

"O ponto da situação da Guiné-Bissau é caracterizado por uma expansão da violência. Da violência institucional, da violência contra as instituições, que está a ser concretizada pela ocupação do espaço governamental e do Estado", acrescentou.

Gomes disse que o Palácio do Governo, o Supremo Tribunal e a Assembleia Nacional estão ocupados por militares, assim como vários ministérios.

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