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Falta de divisas afecta estudantes angolanos na Rússia em iminência de expulsão da universidade


Estudantes angolanos na Rússia queixaram-se em carta aberta ao Presidente João Lourenço que não conseguem pagar as propinas, nem têm dinheiro para comer, porque os familiares não conseguem fazer transferências para o exterior.

A VOA falou com um dos representantes da organização dos estudantes angolanos na Rússia, Miguel Rodrigues, estudante de 2º ano de Engenharia de Petróleo na Universidade Estatal de Petróleo da República da Basquiria, que explicou a situação.

A organização de estudantes esteve no programa da VOA, Washington Fora d'Horas na semana passada. Acompanhe um excerto da entrevista:

Falta de divisas afecta estudantes angolanos na Rússia em iminência de expulsão da universidade
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Segundo Miguel Rodrigues, há 20 estudantes na iminência de expulsão por falta de pagamento de propina. Os estudantes já tentaram vários contactos com a embaixada e serviços consulares em Moscovo.

De acordo com Miguel Rodrigues, o chefe do departamento de estudantes respondeu, sem aceitar identificar-se, que o departamento "só trata de assuntos relativos a estudantes bolseiros do IGNABE".

Quando questionados se podiam optar por trabalhar, Miguel disse que os estudantes em Basquiria não podem trabalhar, pois caso sejam apanhados "são deportados com carimbo para não regressar à Federação Russa durante 5 anos".

Miguel explicou ainda que quando esteve em Angola de férias, dirigiu-se a vários bancos até conseguir criar conta estudante no BAI – que lhe deu um cartão de crédito na altura. Mas chegado à Rússia, Miguel recebeu um email do banco a notificá-lo que o BAI não estava a adicionar novos membros ao tipo de conta que ele tinha aberto.

Alguns familiares vão ao Congo Democrático e a outros países para usarem as agências Western Union e MoneyGram para envio de dinheiro – o que nem sempre é possível e não se aplica a todos os estudantes.

Pelo menos 100 estudantes na Rússia estão nessa situação.

Eles têm enviado cartas abertas, através das redes sociais, dirigidas ao Presidente da República, João Lourenço, para que seja criada uma solução que permita aos seus familiares enviar o dinheiro para que possam manter-se na Rússia

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