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Irão, Iémen e Bahrein vivem o fantasma da revolução egípcia


Irão, Iémen e Bahrein vivem o fantasma da revolução egípcia
Irão, Iémen e Bahrein vivem o fantasma da revolução egípcia

Dois manifestantes mortos no Bahrein, mais de três mil estudantes impedidos de aceder o palácio presidencial no Iémen

No Médio Oriente os efeitos da revolução egípcia estão a provocar o radicalismo do poder em alguns países da região.

No Irão os parlamentares ameaçaram de enforcamento os líderes da oposição, no Bahrein dois manifestantes foram mortos hoje pela polícia, isso enquanto no Iémen as forças de segurança voltaram hoje a descarregar sobre os opositores do regime.

Deputados do partido do governo pediram a condenação de pena de morte aos organizadores dos protestos anti-governamentais que tiveram lugar ontem em várias cidades do país.

Os parlamentares conservadores disseram hoje que os lideres da oposição nomeadamente Mir Hossein Mousavi e Mehdi Karroubi devem ser sentenciados por sublevação, um crime passível de punição com a pena de morte.

A agência estatal iraniana de notícias indicou que mais de 220 deputados assinaram um comunicado exigindo o julgamento dos líderes da oposição. A televisão pública iraniana difundiu imagens nas quais alguns desses parlamentares cantam “morte a Moussavi, e morte a Karroubi".

Os dois homens conhecidos como reformistas tinham apelado a manifestações na capital e noutras partes do país em solidariedade com a recente vaga de movimentos no mundo árabe contra governos autoritários.

A Secretária de Estado Hillary Clinton felicitou os manifestantes pela coragem e apelou ao governo a seguir o exemplo egípcio, aplicando reformas políticas.

“Assistimos, hoje, no Irão a uma prova da coragem do povo iraniano e da hipocrisia do regime iraniano, um regime que passou as últimas três semanas a saudar o que se passava no Egipto, mas não o permite no seu país.”

Mais de 150 pessoas foram entretanto detidas pelas autoridades.

Bahrein: a monarquia procura atenuar o movimento de constetação

Depois da morte hoje de dois manifestantes pela polícia, o rei Hamad bem Issa Al-Khalifa deplorou o sucedido e apelou a investigações do incidente.

Activistas da oposição que estão a usar a internet declararam o dia de ontem, como sendo o “Dia de Raiva” contra o governo acusado de pouco democrático e dominado pela minoria sunita.

O bloco parlamentar de deputados chiitas suspendeu a sua participação na Assembleia por causa da repressão policial, que saldou na morte de duas pessoas.

Iémen: estudantes lideram os protestos contra o regime de Abdallan Saleh

Foram registados confrontos hoje na capital Sanaa entre os apoiantes do governo e os manifestantes que tentavam dirigir-se ao palácio presidencial.

Cerca de 3000 pessoas na sua maioria estudantes universitários tentaram dirigir-se ao palácio do presidente Ali Abdallah Saleh, mas forma impedidos pela polícia.

Foi o quarto dia consecutivo de protestos estudantis contra o regime de Saleh no poder há 32 anos. A oposição não está associada para já a esse movimento. A Amnistia Internacional apelou ao governo iemenita a parar imediatamente com o uso excessivo de força contra os manifestantes.

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