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Governo militar egípcio inicia reforma política, Argélia e Líbia na expectativa


Governo militar egípcio inicia reforma política, Argélia e Líbia na expectativa
Governo militar egípcio inicia reforma política, Argélia e Líbia na expectativa

Argel recorre a polícia para conter a revolta, enquanto Tripoli vê o movimento engrossar a partir do estrangeiro

No Egipto o governo militar já está a preparar o plano de transição de poder para um governo a ser eleito dentro de seis meses, enquanto na Líbia e na Argélia os apelos anti-governamentais procuram galvanizar-se.

Quatro dias depois da queda do regime de Hosni Mubarak o Egipto vive ainda na inércia dos protestos, na Argélia todo o país está na expectativa e na Líbia apenas há apelos a mobilização a partir do estrangeiro.

O governo militar egípcio confirmou hoje que vai liderar os destinos do país até as próximas eleições a ter lugar dentro de seis meses.

Apesar do compromisso dos militares, o país tem dificuldades em regressar a normalidade por causa de greves e de bloqueios ao nível das instituições públicas.

Os bancos continuaram fechados e a bolsa de valores do Egipto também manteve-se encerrada, nesta Terça-feira, dia de celebração de nascimento do profeta Maomé.

O governo militar publicou um comunicado no qual pede paciência e apoio do público as suas acções.

Entretanto o governo militar egípcio nomeou hoje uma comissão de juristas para proceder a revisão da Constituição. A alteração deverá facilitar o novo poder em gerir o país até as próximas eleições. O Conselho Supremo das Forças Armadas nomeou Tarek al Bichri, um reputado juiz defensor da independência dos tribunais a presidir a comissão de revisão constitucional.

Líbia: por causa do caracter do regime, a contestação organiza-se no estrangeiro

Os apelos a manifestações contra a corrupção e o nepotismo na Líbia estão a ganhar adesão no Facebook, depois do sucesso dos movimentos anti-governamentais na Tunísia e no Egipto, dois países fronteiriços.

Mais de 4400 pessoas aderiram na rede social na internet ao slogan, “Revolta de 17 de Fevereiro de 2011: em prol de uma jornada de revolta na Líbia”. Um outro grupo de pouco mais de 2600 pessoas está a convidar ao líbios a saírem a rua num movimento contra a corrupção e o nepotismo em celebração da morte a 17 de Fevereiro de 2006 de 14 manifestantes na cidade de Benghazi a nordeste do país.

Os mesmos apelam ao coronel Mouamar Kadhafi e sua família a abandonarem o poder.

Segundo a Agência France Press, uma petição com mais de duzentos assinantes e de organizações da oposição líbia no estrangeiro está a ser distribuída a imprensa e realça “o direito do povo líbio de exprimir a sua opinião através de manifestações pacíficas, sem provocações ou assédios do poder.”

Argélia: Oposição procura galvanizar-se depois do seu teste contra o poder

Na Argélia depois da repressão policial do fim-de-semana contra os manifestantes que exigiam o fim do regime do presidente Abdelaziz Bouteflika, uma coligação de vários partidos políticos e de associações civis estão a apelar para uma nova mobilização a ter lugar este Sábado dia 19.

A Coordenação Nacional para a Mudança de Democracia – CNDC anunciou que a concentração terá lugar no mesmo local da precedente reunião, ou seja na Praça dos Mártires em Alger.

A CNDC protesta igualmente contra o uso excessivo da força contra os manifestantes perante um dispositivo policial de cerca de 30 mil agentes, e que saldou na detenção de três centenas de pessoas, na sua maioria membros da oposição.

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