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Namíbe: Traficantes de droga usavam mulheres


Detidos no Namíbe por tráfico de drogas
Detidos no Namíbe por tráfico de drogas

Foram registados 91 casos esclarecidos com 123 detidos,dos quais 117 homens e seis mulheres

A polícia de investigação criminal na Província do Namibe, no passado domingo, destruiu duzentos e cinquenta e sete quilogramas de liamba e duzentas e seis gramas de "crack",produto derivado da cocaína.

Por ocasião das comemorações do Dia Internacional de Luta Contra a Droga, a polícia confiscou, igualmente,dinheiro resultante do negócio ilícito de compra e venda de drogas.

Seis mulheres entre traficantes,vendedores e consumidores da droga leve e pesada nesta província, já estão a contas com a Justiça, segundo revelou à imprensa local o chefe do Departamento de Combate à droga,o inspector-chefe,João Domingos Ana, a corporação registou 91 casos,esclarecidos com 123 detidos,dos quais 117 homens e seis mulheres.

João Domingos Ana, chefe do Departamento de Combate à Droga no Namibe
João Domingos Ana, chefe do Departamento de Combate à Droga no Namibe

Disse Domingos Ana: "A droga constitui hoje um flagelo que afecta gravemente a sociedade .Assim é que, a DPIC-Namibe “Direcção Provincial da Polícia de Investigação Criminal” nas suas acções de combate ao fenómeno droga, no período que compreende Julho de 2010 a Junho de 2011,registou um total de 91 casos, mais 48 em comparação ao período anterior, esclarecido com 123 detidos, sendo 117 e seis mulheres,dentre traficantes, vendedores e consumidores, com realce para as faixas etárias dos catorze aos trinta e cinco anos».

Mas, a polícia na Província do Namíbe considera que o combate à droga deve ser exercido numa acção conjugada de todas as franjas da população:a Igreja, a sociedade civil e as próprias famílias, reiterou o chefe do departamento de Combate à Droga da Direcção Provincial de Investigação criminal João Domingos Ana.

Informou Domingos Ana:"Em consequência das detenções efectuadas,foram apreendidos 257 quilogramas de liamba e 206 de "crack“,assim como uma soma monetária de 330 mil kwanzas e cinco mil e cem dólares americanos, resultante da venda da droga pesada e leve".

Dos casos sob o controlo policial,80 processos foram remetidos ao Ministério Público para o devido procedimento judicial. "Pedimos a participação de todas esferas desta sociedade, sobretudo a Igreja, organizações não Governamentais, autoridades tradicionais e a própria família no verdadeiro sentido lato da palavra, no combate à droga por se considerar uma tarefa conjunta de todos membros desta nobre sociedade", lê-se na nota de imprensa, no acto de destruição da droga apreendida pela corporação,que teve lugar na Direcção Província da Polícia de Investigação,na presença do Director Adjunto daquela instituição, o Superintendente Eduardo Luís e outros oficiais do Comando Provincial da Polícia do Namibe.

O Procurador Geral Adjunto da República, dr. Pascoal António Joaquim, na qualidade de chefe do grupo de acompanhamento às províncias do Namibe e da Huíla pelo Ministério Público, durante a sua visita de trabalho à província, no passado sábado dia 25 do mês em curso, na comarca do Namíbe, conversou com as mulheres reclusas naquela unidade penitenciária, condenadas pelo tribunal local, por tráfico, venda e consumo de drogas.

Disse Pascoal Joaquim: "Acabei vendo três ou quatro mulheres que estão aqui "na Comarca" porque venderam liamba. Portanto, ninguém está aqui preso por vender o cigarros "AC" ou outro tipo permitido por lei em Angola.Como vocês sabem,a liamba e outras drogas estão proibidas por lei, a liamba não é nenhum tabaco. É um entorpecente que faz mal as pessoas, é proibido por lei. Quando terminarem as vossas penas,façam um outro negócio para a vossa subsistência, negócios permitidos por lei e que não vos tragam novamente complicações para as vossas vidas".

O magistrado aconselhou as reclusas que o momento deve servir para reflexão, fazendo com que tão logo terminem as penas, procurem inserir-se na sociedade de cabeça erguida, mas sempre atentas, para não voltarem a cometer o mesmo erro.

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