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Cabinda: Julgamento de Rodrigues Mingas só depois de Maio


Solenn le Tutour, advogada de Rodrigues Mingas
Solenn le Tutour, advogada de Rodrigues Mingas

A advogada francesa Solenn le Tutour afirmou à “Voz da América” que a data do julgamento de Rodrigues Mingas deverá ser conhecida no próximo mês de Maio.

Julgamento de Rodrigues Mingas só depois de Maio

A advogada francesa Solenn le Tutour afirmou à “Voz da América” que a data do julgamento de Rodrigues Mingas deverá ser conhecida no próximo mês de Maio.

Rodrigues Mingas, o francês de origem angolana que reivindicou em nome de uma facção do movimento separatista de Cabinda o ataque à selecção de futebol do Togo durante a Taça das Nações Africanas a 8 de Janeiro de 2010, foi libertado condicionalmente pela justiça francesa na semana passada e está agora a aguardar julgamento.

Solenn le Tutour, afirmou-nos que a justiça francesa decretou a libertação do seu cliente, por considerar que “não havia elementos suficientes no processo para justificarem a continuação da detenção”.

A esse propósito aquela advogada disse-nos que o caso contra Rodrigues Mingas não tem grande base e que duvidava que pudesse um dia vir a ser esclarecido.

A advogada disse-nos ainda que há certos interesses em Angola que ultrapassam o sistema judicial francês acrescentando que já foram detidas pessoas em Angola na sequência do ataque que nada têm a ver com Rodrigues Mingas.

Solenn le Tutuor disse ainda que o seu cliente estava em liberdade com a condição apenas de se apresentar periodicamente na esquadra da polícia do seu bairro. Não pode contudo fazer declarações à imprensa nos termos do acordo para sua libertação.

Rodrigues Mingas encontrava-se detido provisoriamente no último ano, enquanto decorria a instrução do processo em que é acusado do ataque que matou duas pessoas e feriu 13, e que, aliás, o próprio reivindicou em nome da Frente de Libertação do Enclave de Cabinda – Posição Militar (FLEC-PM), uma facção separatista da FLEC .

A luta dos separatistas de Cabinda prolonga-se desde 1975, com as várias facções reclamando aquele território responsável por cerca de 70 por cento da exploração petrolífera de Angola com o argumento de que se trata de um protectorado português ao abrigo do Tratado de Simulambuco, assinado em 1885.

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