Os médicos angolanos iniciaram nesta segunda-feira, 19, uma greve de três dias para reivindicar melhores condições de trabalho e a contratação de todos os profissionais no desemprego, entre outras exigências contidas no caderno reivindicativo entregue ao Governo em Agosto.
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O presidente do Sindicato Nacional do Médicos de Angola (Sinmea), Adriano Manuel, disse à VOA que "a adesão ronda os 98 por cento" e que a greve tem decorrido" sem grandes anormalidades".
Manuel denuncia, no entanto, "intimidações aos médicos no Huambo, por parte da directora provincial de Saúde e do Governo provincial, como em alguns hospitais de Luanda, entre eles a Maternidade Lucrécia Paim".
O presidente do Sinmea garante que a greve será realizada até o fim e que os profissionais regressarão ao trabalho na quinta-feira, 22, mantendo até lá os serviços mínimos, como Emergência e Unidades de Terapia Intensiva.
Adriano Manuel aguarda, no entanto, "uma reacção do Ministério da Saúde para negociar".
Em nota na semana passada, o Ministério da Saúde disse ter agendado um encontro com o sindicato par evitar a greve, mas Manuel esclareceu que o Sinmea teve conhecimento da nota horas antes da decisão e que desde então não houver qualquer pronunciamento do Governo.
Na altura, o Ministério afirmou entender “não haver as razões objectivas para o início da greve" e apelou ao "bom-senso" dos profissionais.