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Ucrânia pede cessar-fogo à Rússia e entrada imediata na União Europeia


Negociações entre Ucrânia e Rússia arrancam na fronteira com a Bielorrússia, 28 Fevereiro 2022
Negociações entre Ucrânia e Rússia arrancam na fronteira com a Bielorrússia, 28 Fevereiro 2022

O Governo da Ucrânia exigiu um cessar-fogo imediato e a retirada das forças russas à chegada da sua delegação nesta segunda-feira, 28, para encontros com a Rússia, enquanto o Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy exortou a União Europeia (UE) a conceder ao seu país a adesão imediata ao bloco.

As negociações entre a Ucrânia e a Rússia devem ter lugar perto da fronteira Ucrânia-Bielorrússia.

A delegação ucraniana inclui o ministro da Defesa, Oleksii Reznikov, e o conselheiro presidencial Mykhailo Podolyak.

Entretanto, no meio da invasão, Volodymyr Zelenskyy pediu a adesão rápida à UE numa mensagem de vídeo na qual também encorajou as tropas russas a deporem as armas.

"O nosso objectivo é estarmos juntos com todos os europeus e, mais importante ainda, estarmos em pé de igualdade", disse ele, acrescentando "tenho a certeza de que é justo, tenho a certeza de que é possível".

O secretário-geral da NATO Jens Stoltenberg disse que falou por telefone com o líder ucraniano e "elogiou-o pela bravura do povo e das forças armadas da Ucrânia".

Bielorússia envia tropas

A Rússia enfrenta uma pressão diplomática e económica crescente nesta segunda-feira, o quinto dia da invasão, com a Assembleia Geral das Nações Unidas a realizar uma sessão de emergência, a moeda russa a mergulhar num nível recorde de queda e a entrada em vigor de novas sanções contra o banco central do país.

O Ministério da Defesa do Reino Unido disse hoje que as tropas russas estão a mais de 30 quilómetros a norte da capital da Ucrânia, Kyiv, e que "as falhas logísticas e a firme resistência ucraniana continuam a frustrar o avanço russo".

Esta conclusão corresponde a uma avaliação de um alto funcionário da defesa dos EUA que revelou aos repórteres no domingo, "não ter qualquer indicação de que os militares russos tenham tomado o controlo de qualquer cidade".

Um funcionário da Administração americana indicou que as tropas russas poderiam em breve ser reforçadas por forças da Bielorrússia.

Um dia depois de a União Europeia ter dito que estava a enviar caças para a Ucrânia, a Austrália comprometeu-se na segunda-feira a uma entrega não especificada de equipamento militar letal.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse aos repórteres na segunda-feira, 28, que a UE estava empenhada num comportamento hostil em relação à Rússia, e que fornecer armas à Ucrânia era um "factor extremamente perigoso e desestabilizador".

Peskov disse também que embora as sanções impostas contra a Rússia sejam pesadas, tem estado a planear para enfrentá-las e "tem o potencial de compensar os danos"

Por seu lado, a Casa Branca indicou que o Presidente Joe Biden vai conversar com vários aliados nesta segunda-feira sobre os últimos desenvolvimentos na Ucrânia "e para coordenar a nossa resposta unida".

Força nuclear em alerta máximo

No domingo, Vladimir Putin ordenou as forças nucleares russas a entrarem em alerta máximo em resposta ao que chamou de medidas "hostis" por parte do Ocidente, cuja unidade e rapidez na imposição de sanções à economia russa surpreenderam os observadores.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) revelou que mais de meio milhão de pessoas fugiram da Ucrânia desde o início da invasão.

Até agora, pelo menos 350 civis foram mortos e há mais de 1.700 feridos.

Desconhecem-se números sobre baixas entre as forças ucranianas, e, do lado da Rússia, embora Moscovo tenha reconhecido baixas entre as suas tropas não revelou qualquer número.

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