A Turquia nega ter discutido um plano para o rapto do clérigo muçulmano que vive nos Estados Unidos com um antigo funcionário da administração de Donald Trump.
Na sexta-feira, o Wall Street Journal escreveu que o procurador especial Robert Mueller investiga um suposto plano envolvendo o ex-assessor de segurança nacional do presidente Donald Trump, Michael Flynn, para sequestrar Fethullah Gulen, um clérigo turco, que vive nos EUA desde 1999.
A notícia dá conta que Flynn e seu filho receberam até 15 milhões de dólares para entregar Gulen aos turcos.
Em comunicado divulgado na noite de sábado, a embaixada turca em Washington diz que a alegação de que a Turquia usaria meios que não são do processo legal para a extradição de Gulen "é completamente falsa, ridícula e infundada".
A Turqua acusa o clérigo de ter orquestrado a tentativa de golpe de Estado de julho de 2016, por membros do exército turco, que causou a morte de mais de 240 pessoas.
Gulen negou qualquer papel na referida tentativa para derrubar o governo do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
No comunicado, a Turquia afirma que continua a trabalhar com agências dos EUA para obter a extradição de Gulen, repete a acusação de que o clérigo foi mentor da tentativa de golpe.
Gulen é líder de um movimento com associações e escolas em muitas partes do mundo, incluindo Moçambique, onde as autoridades turcas já solicitaram o encerramento.