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Tanzânia ameaça prender defensores de direitos homossexuais


Governo de Magafuli também não defende continuidade na escola de meninas grávidas.

As autoridades da Tanzânia ameaçam prender e expulsar activistas, assim como cancelar o registo de todas as organizações não-governamentais a favor dos direitos dos homossexuais, reporta a Reuters.

A homossexualidade é crime no país, onde a lei a afirma que os suspeitos condenados por terem "conhecimento carnal com qualquer pessoa contra a ordem da natureza" podem enfrentar até 30 anos de prisão.

A homossexualidade é ilegal em 38 países africanos. Na Mauritânia, Sudão e Somália resulta em pena de morte.

Num comício no final do domingo, o ministro da Interior da Tanzânia, Mwigulu Nchemba, disse que os activistas nacionais e estrangeiros dos direitos homossexuais agora enfrentarão medidas punitivas.

"Aqueles que querem fazer campanha pelos direitos dos homossexuais devem encontrar outro país que permita essas coisas", disse Nchemba, na capital Dodoma.

O governante acrescentou que as organizações que apoiarem campanhas a favor dos homossexuais terão o registo cancelado e “se um cidadão da Tanzânia fazer essa campanha, nós o prenderemos e o levaremos a tribunal... e se for Um estrangeiro, imediatamente pediremos que ele deixe o país ".

Esta decisão é feita poucos dias depois de o presidente John Magafuli ter rejeitado o levantamento da medida que impede as meninas grávidas de frequentar as escolas do Estado.

O ministro Nchemba disse que a posição de Magafuli nessa questão é final e não é negociável.

Magafuli, elogiado por doadores ocidentais pelas posições contra a corrupção, é agora criticado por organizações de direitos humanos em virtude de não defender as meninas gravidas.

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