O Sri Lanka enfrenta uma crise constitucional. O presidente Maithripala Sirisena suspendeu o parlamento até o dia 16 de novembro.
Na sexta-feira, ele destituiu o primeiro-ministro Ranil Wickremesinghe e seu gabinete.
O presidente substituiu o primeiro-ministro pelo ex-presidente Mahinda Rajapakse.
Membros do governo de Wickremesinghe disseram que a decisão de sexta-feira foi um golpe.
Wickremesinghe, no entanto, ainda estava instalado neste sábado, 27, em Temple Trees, a residência oficial do primeiro-ministro.
Ele disse que tem apoio maioritário no parlamento e não tem intenção de deixar o cargo. "Eu tenho a maioria. Vou funcionar como primeiro-ministro. Vou permanecer como primeiro-ministro".
"O que o presidente deve fazer imediatamente é convocar o Parlamento para votação. Essa é a maneira democrática de resolver essa crise", disse à Associated Press o director-executivo do Conselho Nacional de Paz do Sri Lanka, Jehan Perera.
Rajapakse esmagou a insurgência de décadas dos Tigre de Tamil, quando ele estava no poder, mas recusou a reconhecer os abusos cometidos durante a sangrenta guerra civil.
O Departamento de Estado dos EUA pediu que os dois lados respeitem a Constituição do Sri Lanka, “evitem a violência e sigam o devido processo".