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Síria: Mais de 126 pessoas mortas em ataque a um comboio de autocarros em Aleppo


Rebeldes armados no local da explosão, Aleppo, 15 de Abril, 2017.
Rebeldes armados no local da explosão, Aleppo, 15 de Abril, 2017.

Ataque de sábado foi o mais mortífero em quase um ano, diz o Observatório Sírio dos Direitos Humanos

O número de mortos de um ataque a bomba contra um lotado comboio de autocarros nos arredores de Aleppo alcançou, pelo menos, 126 pessoas, no mais mortal incidente do género na Síria em quase um ano, diz o Observatório Sírio para Direitos Humanos.

Equipas de resgate da Defesa Civil síria disseram ter retirado pelo menos 100 corpos do local da explosão de sábado, que atingiu autocarros que levavam moradores xiitas que aguardavam para cruzar de território rebelde para território do governo, um acordo de retirada entre ambos os lados.

A Reuters escreve que o Observatório, sediado no Reino Unido, disse que o número deve aumentar.

Os mortos eram em maioria moradores dos vilarejos de al-Foua e Kefraya, na província de Idlib, mas incluíam combatentes rebeldes que realizavam a segurança do comboio, segundo o Observatório.

Não houve reivindicação imediata de responsabilidade pelo ataque, que a imprensa pró-Damasco informou ter sido realizado por um carro-bomba.

A principal oposição armada da Síria condenou o ataque a bomba, com grupos lutando sob a bandeira do Exército Livre da Síria descrevendo-o como um "ataque terrorista traiçoeiro".

O papa Francisco, em mensagem de Páscoa, também condenou o ataque, descrevendo-o como "desprezível" e pedindo que Deus leve cura e conforto ao que chamou de "amada e atormentada Síria".

O comboio levava pelo menos cinco mil pessoas, incluindo civis e centenas de combatentes pró-governo, que tiveram passagem segura garantida para saída dos dois vilarejos xiitas que estão sitiados por rebeldes.

Sob o acordo de retirada, mais de 2 mil pessoas, incluindo combatentes rebeldes, tiveram passagem segura garantida para deixar Madaya, uma cidade próxima a Damasco e sitiada por forças do governo e seus aliados.

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