O Senado americano chegou a um acordo nesta segunda-feira, 22, que permite reabrir o Executivo, que se encontrava paralisado desde o primeiro minuto de sábado, 20, o chamado "shutdown".
O projecto teve 81 votos a favor - bem mais do que os 60 necessários - e 18 contra, mas até o dia 8 de Fevereiro, as duas partes têm de chegar a acordo sobre outros temas, entre eles a imigração.
Fontes do Congresso disseram que senadores moderados republicanos e democratas pressionaram os líderes dos dois partidos para acabar com a paralisação.
O líder da minoria no Senado, o democrata Chuck Schumer, afirmou antes da votação que a sua bancada concordava em apoiar a lei para reabrir o Governo depois que ele e o líder da maioria, o republicano Mitch McConnell, terem chegado a um acordo para definir uma lei de imigração até 8 de Fevereiro.
Os republicanos, que dominam o Senado e a Câmara, querem um orçamento para 2018 que aumente os gastos militares, uma promessa de campanha de Trump, que considera que as forças armadas têm equipamentos insuficientes após mais de 16 anos de guerra ininterrupta.
Migração
Por seu lado, a oposição democrata exige em troca do seu voto uma solução para os chamados “sonhadores”, jovens que entraram nos Estados Unidos ilegalmente quando eram crianças e que estão no país ao abrigo do programa DACA, criado pelo anterior Presidente Barack Obama.
Cerca de 800 mil jovens correm o risco de deportação após Donald Trump revogar, em Setembro do ano passado, o programa que lhes garantia residência temporária.
Na semana passada, um tribunal de primeira instância suspendeu a decisão de revogar o programa, porém o futuro desses jovens segue indefinido, em virtude de o Governo ter remetido o caso para o Supremo Tribunal, cuja maioria dos juízes é integrada por republicanos.