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Advogados são-tomenses da Stena Oil contrariam Primeiro-ministro Gabriel Costa


Declarações do chefe do governo no parlamento não são verídicas, segundo afirmam os advogados da multinacional sueca, assim como os membros do anterior executivo.

Após as acusações do primeiro-ministro Gabriel Costa ao anterior governo de ter tido um acordo secreto com a Stena Oil para operar na zona económica exclusiva do arquipélago, membros do antigo executivo estão a exigir a apresentação de provas.

Ao nível da justiça, os advogados contradizem por sua vez o primeiro-ministro Gabriel Costa.Tanto em Bruxelas como em São Tomé os representantes da multinacional sueca dizem que o chefe de governo são-tomense mentiu .

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As explicações de Gabriel Costa no debate parlamentar de urgência da semana estão acabaram por complicar ainda mais as disputas políticas e o contencioso jurídico do caso dos navios-petroleiros detidos e confiscados em Março pela justiça e recentemente restituidos pelo governo aos seus proprietários.

Se as revelações na passada quinta-feira do primeiro-ministro de que estava na posse de um acordo que teria sido assinado entre o governo do então primeiro-ministro Patrice Trovoada e a multinacional sueca Stena-Oil, fizeram calar os deputados da oposição, o antigo ministro das Obras públicas, Carlos Vila Nova, já as rejeitou e desafiou Gabriel Costa a provar os factos.

Com base em provas aduzidas a imprensa, o anterior governo assinou um memorando de entendimento com o consórcio sueco-norueguês L&J Invest AB and Acona Wellpro AS, para uma joint-venture de vários e possíveis projectos marítimos. Em momento algum havia referencia a Stena Oil.

O primeiro-ministro Gabriel Costa também tinha dito perante o parlamento, que o caso que ainda corre os seus trâmites na justiça, tinha sido transitado em julgado e que foi por essa razão que decidiu negociar a restituição das embarcações e a venda de combustível presente num dos navios.

Alberto Paulino um dos advogados são-tomenses da Stena Oil, foi peremptório na sua entrevista hoje a Voz da América. Disse ter ouvido na imprensa e por vias oficiais falar de que o caso transitou em julgado, mas afirmou que a sua equipa nunca recebeu dos orgãos judiciais um tal confirmação.

Além disso, até hoje o governo não foi capaz de dizer ao país o quanto arrecadou na venda de cerca de 9 mil toneladas de combustível que trazia o petroleiro Duzgit Integrity, e nem tão pouco quando e onde foi depositado o valor ainda desconhecido que segundo se diz deve reverter a favor do Estado São-tomense.

A Stena Oil por sua vez negou as afirmações da semana passada do chefe de Gabriel Costa a Voz da América, segundo as quais já havia sinais para a retoma das negociações. A multinacional sueca não só negou esta afirmação do primeiro-ministro, como também desmentiu as alegações feitas durante a sua auscultação parlamentar.

O MLSTP/PSD principal partido da coligação no poder mantém no entanto o seu apelo para que sejam apuradas as responsabilidades e a seriedade dos acordos assinados pelo anterior governo de Patrice Trovoada. Para o efeito vai ser criada uma comissão parlamentar de inquérito.
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