A Rússia e a China vetaram nesta terça-feira, 28, no Conselho de Segurança da ONU um projecto de resolução que tentava impor sanções ao regime da Síria pelo uso de armas químicas no país.
A proposta, que era defendida por Estados Unidos, França e Reino Unido, contou com o apoio de nove países.
Cazaquistão, Etiópia e Egipto se abstiveram, enquanto a Bolívia também votou contra.
"A resolução é muito apropriada. É um dia triste para o Conselho de Segurança quando os membros começam a dar desculpas para outros Estados-Membros que matam o seu próprio povo. Definitivamente, o mundo é um lugar mais perigoso", disse a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley.
Esta é a primeira vez que Rússia e China vetam um projecto de resolução no Conselho de Segurança da ONU desde que Donald Trump chegou à Casa Branca, a 20 de Janeiro.
Entretanto, foi a sétima vez que a Rússia, o principal aliado militar da Síria, usou seu poder de veto para proteger o regime de Damasco.
Armas químicas
Uma investigação da ONU e da Organização para a Proibição das Armas Químicas concluiu que o regime sírio esteve por trás de vários ataques com substâncias proibidas em 2014 e 2015.
O Governo usou helicópteros para lançar bombas de cloro em povoados dominados pela oposição, de acordo com os investigadores.