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Governo foi ao Parlamento responder à Renamo


As bancadas parlamentares do MDM e da Renamo
As bancadas parlamentares do MDM e da Renamo

O governo não implementou a cesta básica, alegando que os preços dos produtos já estão estabilizados no mercado

O governo moçambicano foi forçado pela Renamo a ir ao Parlamento prestar contas do dinheiro inicialmente destinado à “Cesta Básica”,para subsidiar diversos produtos de primeira necessidade e evitar a repetição das maifestações de rua que, no ano passado, agiratam as ruas de Maputo e da cidade satélite da Matola.

Em nome do governo, o ministro das Finanças afirmou, perante os deputados, que aquele dinheiro ainda existe e que não foi gasto em nenhuma outra despesa.E voltou a justificar a sua não aplicação com a estabilidade dos preços.

O ministro das Finanças, Manuel Chang, em resposta à bancada da Renamo, que, no dia anterior, tinha chamado o governo à pedra para explicar o destino que teria sido dado ao montante destinado à "Cesta básica. Chang garante que os 335 milhões de meticais aprovados pelo Parlamento, no semestre passado, continuam intactos e nenhum centavo foi usado em gastos não previstos no orçamento rectificativo.

A Renamo, principal partido da oposição no Parlamento, sempre acusou o governo de ter desviado o dinheiro para financiar as actividades da Frelimo, que se prepara para realizar o seu Décimo Congresso em Setembro do próximo ano.

O dinheiro para cesta básica foi solicitado no orçamento rectificativo destinado a fazer face ao elevado custo de vida provocado pelo aumento dos preços dos cereais e de petróleo no mercado internacional.

Mas, depois de aprovação pelo Parlamento, o governo não implementou a cesta básica, alegando que os preços dos produtos já estavam estabilizados no mercado.
A Renamo exigiu a devolução do dinheiro aos cofres do Estado ou então explicação sobre o que teria acontecido.

Elisa Silvestre Jose, deputada da Renamo, disse que o seu partido já sabia que a cesta básica era uma fantasia sem sustentabilidade.A deputada afirmou que a cesta básica abortada seria uma autêntica descriminação aos moçambicanos que vivem fora dos centros urbanos.

Manuel Chang, disse que o governo quando apresenta orçamento no Parlamento não significa que tem um saco de dinheiro algures à espera do voto dos deputados.Segundo Chang,o governo nem devia ter dado explicação sobre o paradeiro do dinheiro, porque as despesas do Governo referentes a 2011 vão aparecer na Conta Geral do Estado no próximo ano.

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