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Refugiados em Angola sem documentação


Refugiados da RDC em Lunda Norte
Refugiados da RDC em Lunda Norte

Cidadãos do Rwanda, Serra Leoa e Libéria perderam o estatuto de refugiados desde Janeiro

O director Nacional do Serviço Jesuíta para os Refugiados, padre Celestino Epalanga, afirmou nesta quarta-feira, 20, que um dos principais problemas enfrentados pelas pessoas que procuram refúgio em Angola é a falta de documentação que os identifique.

Falta de documetos difuclta vida de refugiados em Angola - 2:44
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Em declarações à VOA por ocasião da semana dedicada ao refugiado em Angola, que coincide com o Dia Mundial dos Refugiados que se assinala hoje, o sacerdote diz que esta situação faz com que uma boa parte das pessoas que buscam abrigo em Angola não tenha direito à educação, ao atendimento médico e livre circulação.

O padre Celestino Epalanga afirma também que o facto de Angola ter ratificado, com reservas, a Convenção de Genebra de 51 faz com que muitos requerentes de asilo espalhados pelo país não tenham acesso ao emprego em instituições públicas e até mesmo privadas.

Outra revelação do responsável jesuíta é que os refugiados do Rwanda, Serra Leoa e Libéria estão neste momento confrontados com o facto de, a partir de Janeiro, terem perdido o estatuto de refugiados por decisão das Nações Unidas.

“O problema é que muitos destes não querem voltar aos seus países de origem”, explica o padre Celestino Epalanga.

No caso da Lunda Norte, Epalanga adianta que os refugiados no Campo de Reassentamento do Lóvua tem uma situação diferente porter acesso aos serviços mínimos e apoio permanente das organizações humanitárias.

Estimativas do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados apontam para mais de 40 mil pessoas refugiadas em Angola, sendo na sua maioria cidadãos da República Democrática do Congo (RDC).

Em Luanda o dia foi marcado com uma exposição de fotografias dos campos de refugiados na província da Lunda Norte.

A Voz da América em inglês fez um mapa que retrata a crise de refugiados de modo global

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