O director da Rádio Comercial 2000 no Lubango, José Manuel Rodrigues, garantiu que Tony Fancy, seu colaborador está suspenso das suas actividades e não despedido das suas funções como este revelou quarta-feira, 10, à Voz da América.
Para José Manuel Rodrigues, a suspensão do jornalista assenta no facto de este ter desobedecido a um despacho que indeferia a solicitação que fizera para deslocar-se a Luanda para participar da conferência de imprensa do Presidente da República.
O responsável garante que a suspensão do funcionário não tem qualquer relação com as alegadas perguntas “incómodas” colocadas ao Chefe de Estado, mas sim com a desobediência do jornalista, que ignorou uma orientação superior.
"Ele quis puxar a brasa para a sua sardinha..."
"O senhor Tony Fancy agiu de forma incorrecta foi a Luanda sem a autorização do seu diretor. O despacho do director é bem claro. Ele aparece e foi submetido a um questionário esta manhã para responder os motivos que levaram a agir de tal forma, mas ele quis que como se diz na gíria puxar a brasa para a sua sardinha."
"Há pessoas que não gostam de admitir os erros e nem sabem pedir desculpas quando cometem erros. A insatisfação da direcção da Rádio 2000 é por ele se ter pronunciado que estava (na conferência de imprensa) em nome da Rádio 2000 quando não, isto é pura mentira".
José Manuel Rodrigues disse que foi aberto um processo disciplinar contra Tony Fancy, que deverá determinar as medidas conclusivas a aplicar ao colaborador.
Sobre os salários praticados na empresa e os 25 mil kwanzas/mês pagos aos colaboradores, o responsável daquela estação emissora diz ser uma situação que decorre das dificuldades financeiras do mercado.
"Quem trabalha meia hora, duas horas por dia não pode ter salários assim tão elevados como se quer. A Rádio 2000 não tem financiamentos é uma rádio comercial, o mercado comercial da rádio não é assim tão promissor".
