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Professores não são responsáveis pela venda de matrículas, diz sindicato angolano


Presidente nacional do sindicato nacional de professores, SINPROF, Guilherme Silva
Presidente nacional do sindicato nacional de professores, SINPROF, Guilherme Silva

Autoridades em Luanda ameaçam medidas duras contra essa prática

O Sindicato dos Professores de Angola (SINPROF) negou que os seus membros sejam responsáveis pela prática corrupta de cobrança de valores monetários para actos de inscrição nas escolas.

Tal acontece depois do director provincial de Educação de Luanda, André Soma, ter avisado que os professores apanhados a fazer isso serão punidos.

Sindicato angolano nega que professores sejam responsáveis por venda de matrículas - 2:38
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Guilherme Silva, presidente do SINPROF, disse que a corrupção no sistema de educação é endémica e aponta o dedo para os gestores escolares como promotores das vendas de vagas nas escolas.

“São os gestores escolares que se dedicam nas vendas das vagas, porque até são eles que sabem quantas existem”, disse.

O director de educação avisou que em caso de se detectar cobranças, numa primeira fase, será suspensa a direcção da escola e, depois de um levantamento, haverá a exoneração do seu director.

Guilherme Silva disse que os professores estão disponíveis para apoiar a luta contra a corrupção na educação, que diz ser degradante na sua generalidade.

“Nós estamos prontos e sempre estivemos para o combate contra corrupção” disse o sindicalista, que recordou que no passado sindicalistas foram acusados de “não serem patriotas” por denunciarem a corrupção

O Movimento dos Estudantes Angolanos já tinha denunciado que as vagas nas escolas são, na sua maioria, distribuídas de forma anárquica com funcionários e professores a beneficiarem-se de uma vaga para familiares.

No entanto, caso não a preencham, vendem-na no valor de 60 mil kwanzas, cerca de 360 dólares no câmbio oficial.

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