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Privatização de empresas da Sonangol na actual crise financeira “ não é oportuna”


Analistas consideram “inoportuna” a anunciada venda de participações que a Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) detém em empresas privadas, no país e no estrangeiro, devido à actual crise económica.

A empresa petrolífera estatal lançou na última semana,em Luanda, um concurso público internacional para a venda de participações em nove empresas, em algumas das quais comaté 51 por cento do capital.

O primeiro concurso ocorreu em Janeiro deste anocom alienação dos interessesda companhia em seis, deum total de 54 participações empresasligadas aviagens e ao turismo,com sedes em Angola, Portugal, Estados Unidos da América e França.

O presidente da Câmara do Comércio Angola-EstadosUnidos, Pedro Godinho adverte que a Sonangol corre o risco de vender as acções ao "desbarato" .

Pedro Godinho (Foto João Santa Rita)
Pedro Godinho (Foto João Santa Rita)

Godinho afirmou que “nenhum investidor sério e avisado estaria interessado em fazer investimentos em activosligados ao petróleo e gás”.

“Esta não é a altura certa porque as ofertas estariam muito por baixo porquanto o sector está extremamente fragilizado ”, defende

O economistas disse esperar que a insistência em vender esses activos ao desbarato não seja para beneficiar“a mesma elite privilegiada de sempre”.

“Ainda não é oportuno para a Sonangol tomar esta iniciativa”, defende por sua vez, o economista Estão Gomes.

O analista entende que a anunciada venda de activos nesta fase de crise pode pôr em risco os próprios planos da Sonangol.

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