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Presidente sírio exclui cessar-fogo com rebeldes que controlam Wadi Barada


Bashar al-Assad, Presidente da Síria
Bashar al-Assad, Presidente da Síria

A região fornece água à capital, Damasco.

O Presidente sírio, Bashar al-Assad, descartou nesta segunda-feira, 9, qualquer cessar-fogo na região de Wadi Barada, que fornece Damasco com água potável, e voltou a negar que a sua saída seja discutida durante as negociações previstas para o fim de janeiro no Cazaquistão.

Depois de recuperar a cidade de Aleppo, as tropas do regime e o Hezbollah xiita libanês conduzem uma ofensiva para expulsar os rebeldes da cidade de Wadi Barada, a 15 quilómetros de Damasco e assim tomar as principais fontes de abastecimento de água para a capital.

Os combates ameaçam o cessar-fogo patrocinado pela Rússia e Turquia, que entrou em vigor em 30 de Dezembro e que deve ser um prelúdio para as negociações de paz previstas para o final de Janeiro, em Astana.

"O papel do exército sírio é libertar essa área para evitar que os terroristas usem (a arma) da água para sufocar a capital", disse em uma entrevista à imprensa francesa.

De acordo com Assad, o cessar-fogo "é violado porque os terroristas ocupam a principal fonte de água de Damasco, privando mais de cinco milhões de civis de água potável há três semanas".

Além disso, "o cessar-fogo não inclui o grupo Estado Islâmico (EI) ou a Frente Al-Nusra, e a região (de Wadi Barada), onde a luta ocorre e é ocupada pela Al-Nusra, portanto, não é parte do acordo de cessar-fogo", disse ele.

Nesta segunda-feira, intensos combates em várias frentes em Wadi Barada opunham as forças do regime e combatentes do Hezbollah aos rebeldes, com uma minoria de combatentes da Fatah al-Sham, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

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