O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, pediu aos seus apoiantes neste sábado, 9 de Novembro, "para não dar munição ao canalha", um dia depois do popular líder esquerdista Luiz Inácio Lula da Silva sair da prisão.
Quebrando o silêncio sobre a libertação de seu arqui-inimigo, Bolsonaro disse a seus seguidores no Twitter: "Amantes da liberdade e do bem, somos a maioria. Não podemos cometer erros".
Ele acrescentou que Lula é "momentaneamente livre, mas culpado".
A dramática saída de Lula da prisão na cidade de Curitiba, na sexta-feira, veio um dia depois de uma controversa decisão da Suprema Corte que poderia libertar milhares de condenados e minar uma investigação de corrupção chamada Lava Jato.
Uma decisão de 6 a 5 anulou uma regra que exigia que criminosos condenados fossem presos depois de perderem o seu primeiro recurso.
Esses condenados permaneceriam livres até que tivessem esgotado os seus direitos de apelar - um processo que os críticos dizem que pode levar anos em casos envolvendo pessoas capazes de pagar advogados caros.
Num discurso apaixonado a centenas de apoiantes que o cumprimentaram quando ele saiu da sede da polícia federal, Lula, 74 anos, prometeu continuar a lutar pelas pessoas pobres.
O ex-líder sindical que ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores (PT) também denunciou as políticas económicas de Bolsonaro, que foi levado ao poder em 2018 numa eleição em que Lula havia sido amplamente apontado como vencedor.
AFP