O príncipe britânico Andrew renunciou às suas afiliações militares e patrocínios reais, disse o Palácio de Buckingham nesta quinta-feira, 13 de Janeiro.
A medida ocorre depois de os advogados de Andrew não terem conseguido persuadir um juiz dos Estados Unidos a arquivar uma acção civil contra ele que o acusa de abuso sexual.
"Com a aprovação e o acordo da rainha, as afiliações militares do duque de York e os patrocínios reais foram devolvidos à rainha", disse o Palácio de Buckingham em comunicado.
"O duque de York continuará a não assumir nenhuma função pública e está a defender este caso como cidadão privado".
Uma fonte real disse que Andrew não usaria mais o título 'Sua Alteza Real' em qualquer capacidade oficial e os seus outros papéis seriam distribuídos entre outros membros da família real. Esses títulos não serão devolvidos ao príncipe Andrew.
Andrew, Epstein, Maxwell
As ligações de Andrew a Jeff Epstein - o bilionário americano que morreu numa prisão de Nova Iorque em Agosto de 2019, preso por acusações de tráficos sexual -, levaram a uma série de reportagens prejudiciais na media, levando o príncipe a decidir a dar uma entrevista à BBC em Novembro de 2019, na qual ele esperava resolver o assunto.
Em vez disso, levou ao ridículo e a mais perguntas e, à medida que a controvérsia crescia, o Palácio de Buckingham se distanciava cada vez mais do príncipe, recusando-se a comentar e encaminhando todas as perguntas aos seus advogados.
A condenação nos EUA no mês passado da amiga de Andrew e mulher de Jeff Epstein, Ghislaine Maxwell, por tráfico sexual e outras acusações de recrutar e aliciar meninas menores de idade para abuso de Epstein, juntamente com o seu próprio caso, deixaram a reputação do príncipe na media britânica em frangalhos.
Uma fonte real disse que a decisão sobre Andrew veio após amplas discussões entre os Windsor, e que as suas afiliações militares e patrocínios seriam redistribuídos para outros membros da família.