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Parlamento ucraniano destitui presidente e ex-primeira-ministra é libertada


"A ditadura caiu", disse Timochenko que cumpria uma pena de sete anos de prisão por abuso de poder.

O Parlamento da Ucrânia votou este sábado, 22, pela destituição do presidente Viktor Yanukovich e marcou eleições antecipadas para o dia 25 de Maio, depois que Yanukovich deixou a capital sem renunciar.

O Parlamento, com 450 membros, apoiou a moção por 328 votos, declarando Yanukovich incapaz de desempenhar as suas responsabilidades constitucionais.

O Presidente, que se especulava que estaria na cidade ao norte do país, denunciara mais cedo o que chamou de "golpe de Estado", depois de manifestantes tomarem pacificamente o seu gabinete, em Kiev, e a sua opulenta residência, a 15 km da capital.

Numa entrevista a um canal de televisão, Yanukovich disse que não tinha intenção de renunciar nem de deixar a Ucrânia, e que todas as decisões tomadas pelo Parlamento neste sábado são ilegais.

Na mesma sessão, o parlamento aprovou uma lei que revogou o artigo à luz do qual a ex-primeira-ministra Yulia Timochenko foi condenada.

Pouco depois ela foi libertada e deverá ainda hoje dirigir-se à Praça da Independência, segundo a AFP.

"A ditadura caiu", disse Timochenko, que cumpria uma pena de sete anos de prisão por abuso de poder.

Yulia Timochenko, 53 anos, foi condenada em 2011.

Ela é um dos símbolos da Revolução Laranja, em 2004, e opositora de Yanukovitch, tendo há poucos dias pedido que o Presidente ucraniano fosse julgado pelos actos de violência ocorridos nas últimas semanas.


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