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Oposição angolana contesta justificação do Governo sobre falta de combustíveis


Apesar das medidas, gasolina continua em falta
Apesar das medidas, gasolina continua em falta

Os dois principais partidos da oposição angolana criticaram a declaração da Presidência que atribuiu a falta de combustíveis no país a uma falha de diálogo entre a Sonangol e o Estado.

Oposição angolana reage a declaração sobre falta de combustíveis - 2:03
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Para a UNITA, a situação é o resultado de uma luta entre duas facções dentro do partido no poder o MPLA.

"Uma quer-se impor agora, retirando a hegemonia à outra, uma espécie de luta entre duas crianças ou de dois grandes elefantes e quem sofre é o povo, uma guerra dentro do próprio sistema que vai prejudicando não só ao povo mas a imagem do presidente João Lourenço externa e internamente”, afirmou Nelito Ekuikui.

Para aquele membro da UNITA, "o Presidente da República não pode num momento em que as pessoas esperam por uma solução, vir com um comunicado destes, sem qualquer substancia de resolução do problema".

A CASA-CE pelo, deputado Leonel Gomes, considera aberrante Angola não possuir uma refinaria.

"Não é concebível, não é racional, é falta de bom senso um país ter duas zonas petrolíferas muito fortes, ser um dos maiores produtores e exportadores do crude em África não ter uma refinaria”, acusou.

“Mandamos o nosso crude a preço de banana e depois vamos comprar os derivados do mesmo crude a preço de ouro", acrescentou Gomes.

O parlamentar sugere a João Lourenço abandonar o actual formato de Governo e incluir "outros cérebros".

"O Presidente tem de sair das madorras do MPLA e pensar Angola, pegar em angolanos de outras latitudes com capacidade não importa se políticos ou não, com cor partidária ou não, mas que sejam angolanos competentes, para saírmos desta crise que não é apenas de combustível ,é também de falta de água, de energia electrica isto è muito mais grave", concluiu.

Na terça-feira, 7,

O Presidente angolano, João Lourenço, e responsáveis dos sectores dos petróleos e das Finanças concluíram “ter havido falta de diálogo e comunicação entre a Sonangol e as diferentes instituições do Estado, o que terá contribuído negativamente no processo de importação de combustíveis”.

Num encontro realizado nesta terça-feira, 7, uma nota da Casa Civil indicou que, numa reunião do Palácio Presidencial, foram “tomadas medidas e mobilizados todos os recursos necessários para a completa estabilização do mercado de abastecimento dos combustíveis nos próximos dias”.

O encontro aconteceu depois de, na segunda-feira, 6, João Lourenço ter pedido um relatório sobre as causas da crise de combustíveis que, de acordo com a Sonangol, prende-se com falta de divisas para compras no exterior e ao calote dos clientes.

Na reunião estiveram presentes os ministros dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino Azevedo, Energia e Águas, João Baptista Borges, e Finanças, Archer Mangueira, bem como o governador do BNA, José de Lima Massano, e o Presidente do Conselho de Administraçãoda Sonangol, Carlos Saturnino.

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