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Nova obra sobre tentativa de golpe de 27 de Maio de 1977


O "fraccionista". Nito Alves
O "fraccionista". Nito Alves

Antigo preso publica livro de ficção e realidade. MPLA apela à reconcilição

Miguel Francisco "Michel", um dos sobreviventes do 27 de Maio de 1977, lançou hoje o seu segundo livro e memórias sobre a morte de milhares de cidadãos acusados de organizar um golpe de Estado contra o governo do MPLA e o seu presidente, António Agostinho Neto.

“A Chaga” é um romance que traz a debate as causas e consequências do 27 de Maio segundo declarou à Voz da América Miguel Francisco "Michel".

Iso ao mesmo tempo que o partido no poder o MPLA apelava á reconciliação e condenava aqueles que, segundo disse, se tentam aproveitar dos acotnecimentos

O autior do novo livro Miguel Francisco, Michel passou três anos detido no Moxico, acusado de ter participado na alegada tentativa de golpe de Estado de 27 de Maio de 1977. Assistiu a fuzilamentos e até enterrou colegas a troco de uma mísera refeição.

Michel é autor de três obras literárias sendo uma das quais a "Nuvem Negra - O drama do 27 de Maio de 1977".

O MPLA entretanto condenou os cidadãos que, sem terem estado directamente envolvidos num conflito interno em 1977, fazem "aproveitamento político", estimulando "ódio e divisão" entre angolanos.


Sem enunciar nomes, a declaração do Bureau Político do MPLA, citada pela agência de notícias angolana Angop, salienta que tais aproveitamentos políticos "não têm razão nenhuma para ocorrer, sobretudo por parte de cidadãos que, exploram e exarcebam tais factos", distorcendo a verdadeira razão dos factos.

Na nota, o MPLA justifica que" contriburam decisivamente" para o ocorrido "elevado grau de imaturidade de alguns dos seus militantes e a incipiente organização e funcionamento das instituições e excessos de zelo dos seus principais agentes".

Para o partido no poder em Angola, desde 1975, os acontecimentos à volta do 27 de maio de 1977 marcaram "de forma bastante negativa" uma época da hsitória recente do país, considerando que foram a Nação e o povo angolano quem perdeu "com todos estes episódios negativos".

Nesse sentido, apela à atitudes contrárias deste tipo de formas a caminhar "decididamente para um processo de reconciliação e unidade nacionais, cada vez mais profundo e genuíno".


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